Integrantes do PSOL irão ao STF pedir prisão preventiva de Jair Bolsonaro

“parlamentares alegam que o ex-capitão cometeu crimes em série durante seu governo”

José Carlos Bossolan

Parlamentares filiado ao partido PSOL e o presidente do partido, deverão protocolar no STF (Supremo Tribunal Federal) uma petição em que pedem a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os parlamentares alegam que o ex-capitão “cometeu crimes em série durante seu governo”. O pedido deve ser protocolado nesta segunda-feira (02/01), segundo anúncio da colunista da Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo.

Na ação, há solicitação de quebra de sigilo telefônico e telemático, busca e apreensão de provas e documentos, e apreensão do passaporte. Jair Bolsonaro deixou o Brasil no dia 30 de dezembro. Às 14h02, o presidente deixou o aeroporto de Brasília com destino a Orlando (EUA) a bordo de avião da Força Aérea Brasileira. Às 19h10, Bolsonaro deixou o Aeroporto de Boa Vista (RR), com chegada a América do Norte às 23h, onde está hospedado na casa de um ex-lutador de artes marciais.

A expectativa de apoiadores do ex-capitão é que ele teria deixado o país para promoção de “golpe de Estado”, evitando a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na noite do sábado (31/12), o presidente em exercício, general Hamilton Mourão fez ´pronunciamento em cadeia nacional, deixando claro que Lula iria assumir a presidência e que não haveria “intervenção militar”, como queria bolsonaristas. O general eleito senador, foi hostilizado por apoiadores do ex-presidente, o “chamando de traidor”, por ter dito a verdade, quando o silêncio de Bolsonaro foi o grande gerador de escalada de tensão e esperança de golpe.

Segundo informações veiculadas no G1, Jair Bolsonaro foi orientado por seus advogados a deixar o Brasil para não ter o mesmo desfecho de Michel Temer, que ao deixar o cargo de presidente e perder o foro privilegiado, foi preso preventivamente pela Polícia Federal em cumprimento a medida judicial. Bolsonaro tratou de abandonar o país com medo de expedição de prisão por um juiz de primeiro grau, já que à partir deste domingo (01/01), não teria a prorrogativa de foro e seus processo em curso no STF, deverão ser distribuídos para juizados de 1ª Instância, além de novas denúncias que possam surgir com elementos novos que possam gerar novas ações e investigações.

Após Lula assumir o mandato, sem nenhuma medida fora da democracia ter sido adotada, os apoiadores de Bolsonaro deverão perceber com o passar do tempo, que o ex-presidente “imbrochável”, não passou de “ejaculação precoce”.