+TURISMO BRASIL: programa de etnoturismo da CONAFER fará o mapeamento das pequenas propriedades rurais

Secom CONAFER

A CONAFER, por meio da sua Secretaria de Turismo, tem avançado nas negociações junto ao Ministério do Turismo para firmar um Acordo de Cooperação Técnica (ACT), que busque estimular o turismo no campo entre seus associados empreendedores rurais de diversas regiões do Brasil. Para isso, a Confederação dará início, em breve, a um mapeamento das pequenas propriedades agrícolas dos seus associados, que tenham potencial para desenvolver atividades de ecoturismo e etnoturismo. Apenas no ano passado, a atividade turística no Brasil movimentou a cifra de R$ 14,7 bilhões, e foi a grande responsável pela recuperação de postos de trabalho, durante a pandemia, em 2021, quando as vagas formais de trabalho, incluindo-se as diretas, compartilhadas e indiretas, representaram 10,31% do total dos empregos com carteira assinada no país. A CONAFER irá atuar, por meio de seu corpo técnico, na orientação aos pequenos empreendedores que optem pela prática desta atividade em sua propriedade, auxiliando na adequação das instalações às leis, normas, regras sanitárias e de segurança que regulamentam o setor, disponibilizando cursos de capacitação e certificações aos associados

Passar mais tempo em contato com a natureza, e aprender sobre biodiversidade, jardinagem, cultura, tradições e gastronomia das raízes agrárias. Estes são os atrativos do turismo rural, que desde o início da pandemia da Covid-19, fez com que milhares de brasileiros trocassem a rotina nas grandes cidades e o turismo convencional por uma maior conexão com a natureza, em atividades desenvolvidas nas pequenas propriedades rurais do país.

Com o intuito de fomentar o etnoturismo e o turismo rural, a Secretaria de Turismo, SETUR, tem avançado nas negociações junto ao Ministério do Turismo, para a assinatura de um ACT, que viabilize a certificação, por meio do selo +Turismo às propriedades rurais dos seus associados em todo o país, aptas para empreender no campo com atividades turísticas. Além de proporcionar mais segurança e conforto ao visitante, a certificação permitirá boas decisões em relação ao tipo de passeio escolhido, ao assegurar a qualidade dos serviços oferecidos.

Segundo a secretária de Turismo da CONAFER, Renata Frota, “a certificação será concedida após a realização de uma vistoria técnica às propriedades rurais que atendam aos requisitos de higiene, segurança, acessibilidade, e padrões de qualidade mínimos para recepção dos visitantes”. Para emitir estes selos, a SETUR fará, neste primeiro momento, um mapeamento das propriedades rurais entre os seus associados que reúnam as condições necessárias à realização da atividade turística, auxiliando os proprietários na adequação dos equipamentos aos protocolos exigidos para o desempenho das atividades turísticas.

Ainda de acordo com Renata Frota, “após o mapeamento, serão oferecidos, por meio de instituições de ensino parceiras da CONAFER, cursos de capacitação para a profissionalização dos agricultores familiares, como criação de roteiros, recepção e atendimento aos visitantes, planejamento, divulgação e promoção de eventos e atividades de lazer”. “Além disso, a equipe técnica da Confederação dará todo o suporte necessário para que os agricultores adequem suas propriedades aos protocolos, leis e normas necessários à execução do empreendimento”, completa a secretária de Turismo.

Apenas no ano passado, o setor de turismo nacional faturou a cifra de R$ 14,7 bilhões, segundo o levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Entre os destinos escolhidos por milhares de turistas, destaca-se o Nordeste, como aponta a pesquisa Invest Exame, em especial, a cidade de Porto Seguro, na Bahia, onde está localizada aldeia dos indígenas da etnia Pataxó, no TI Barra Velha, local propício para o desenvolvimento do etnoturismo.

Para Renata Frota, “o Brasil possui uma das maiores biodiversidades do planeta, e estimular a bioeconomia como uma atividade econômica que se desenvolve respeitando os limites e ciclos da natureza, só traz benefícios para as comunidades rurais”. “A Confederação possui associados de diversos TIs indígenas, além de comunidades ribeirinhas, possibilitando uma multiplicidade de roteiros e passeios, que envolvem desde a pesca artesanal à produção de queijos, mel, vinhos e peças ornamentais”.

A região Nordeste deve ser a primeira contemplada pelo projeto, em razão de já reunir grande parte dos critérios exigidos, tornando mais ágil a adaptação aos regulamentos turísticos. Nela, tem especial destaque o TI Caramuru, na cidade de Porto Seguro, que está entre os 5 lugares preferidos pelos visitantes, onde são desempenhadas atividades de entretenimento como o passeio de buggy da Vila Caraíva até a praia de Corumbau e Barra Velha, e visitação às feirinhas de artesanato produzidos na aldeia, gerando receita para diversas famílias indígenas pataxó que habitam a região.

De acordo com Renata Frota, “temos conversado também com as embaixadas, como a de Portugal, primeiro país europeu distinguido com o selo “Safe Travels” do World Travel & Tourism Council, para trocar experiências e evitar erros na implantação do programa no Brasil”. “A CONAFER é parceira do produtor e disponibilizará auxílio em todo o processo de implementação do empreendimento, principalmente, na orientação técnica junto aos órgãos governamentais, e na capacitação para ações mais assertivas, que busquem melhorar a qualidade dos serviços e aumentar a renda das famílias do campo”, afirma a secretária de Turismo.

Mais informações sobre o Programa podem ser obtidas pelo telefone: (61) 3548-4360