Secretaria da Justiça e Cidadania realizou seminário sobre políticas públicas para mulheres no Estado

Prévia do Plano Estadual de Políticas para Mulheres foi apresentada no evento

Assessoria de Comunicação

Em referência ao Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, celebrado em 25 de novembro, a Secretaria da Justiça e Cidadania, por meio da Coordenação de Políticas para a Mulher, realizou na manhã desta quinta-feira (17) o seminário “Políticas públicas para mulheres no Estado de São Paulo”, no auditório da Fundação CASA.

Durante o evento foi apresentada uma prévia do Plano Estadual de Políticas para Mulheres de São Paulo (PEPM-SP) e a secretária da Defesa da Pessoa com Deficiência, Aracélia Costa, falou sobre o Programa TODAS in-Rede, que está inserido no plano e abarca as políticas para mulheres com deficiência. “Pensar políticas públicas de caráter efetivo que tragam proteção e segurança para as mulheres do Estado de São Paulo é uma obrigação do Executivo, explicou o secretário da Justiça e Cidadania, Fernando José da Costa.

“O Plano Estadual de Políticas para Mulheres deve ser o documento norteador do planejamento e gestão dessas políticas. Estabelecerá um conjunto de ações a fim de garantir os direitos das mulheres”. De acordo com Edna Martins, coordenadora de Políticas para a Mulher, o Estado de São Paulo tem um conjunto de políticas importantes e é hora de dar um passo adiante.

“O Plano Estadual estabelece um sistema de governança e monitoramento das políticas públicas e isso é fundamental para obtermos resultados satisfatórios, para chegarmos a todos os municípios, a todas as mulheres”, completou.

O plano, que está em fase de discussão, está dividido em quatro eixos:

  • Educação, Cultura e Participação Política – Construir políticas educacionais igualitárias e sem discriminação no ambiente escolar com o propósito de formar cidadãos e cidadãs integrais. Incentivar a promoção da cultura, da liderança e da participação política das meninas e mulheres nas diferentes frentes da sociedade.
  • Saúde integral, meio ambiente e qualidade de vida – Expandir o acesso à saúde e aos atendimentos a doenças crônicas e agudas e a garantia aos direitos integrais de todas as mulheres, em todas as fases de vida, incorporando as perspectivas étnico-raciais, geracionais, de orientação sexual, de identidade de gênero e de pessoas com deficiência; e promover o bem-estar, saúde mental e qualidade de vida das mulheres. Por entender que a saúde humana é mediada por múltiplos fatores nos ambientes natural, social e construído, o acesso universal à água e saneamento, energia limpa e renovável e à moradia digna são fundamentais para a qualidade de vida.
  • Trabalho, empreendedorismo e empoderamento econômico –Promover a igualdade no trabalho e a autonomia econômica das mulheres, ampliando a sua participação e permanência no mercado de trabalho por meio da garantia de iguais oportunidades e rendimentos; incentivar o empreendedorismo feminino como fonte de geração de renda, empregabilidade e empoderamento.
  • Segurança e erradicação da violência contra as mulheres – Erradicar todas as formas de violência contra a mulher, incorporando as perspectivas étnico-raciais, geracionais, de orientação sexual, de identidade de gênero e de pessoas com deficiência. Para isso, adotar ações intersetoriais e integradas de forma a garantir a oferta de serviços adequados por equipes multidisciplinares de prevenção, enfrentamento, atendimento especializado e acompanhamento jurídico das mulheres nas áreas urbanas e rurais.

Programa TODAS in-Rede – Tem o objetivo de promover o empoderamento e emancipação das mulheres com deficiência do Estado de São Paulo, visando a melhoria da qualidade de vida. Tem conexão com o Programa Meu Emprego Inclusivo, que promove a inclusão, permanência e desenvolvimento profissional de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, oferecendo qualificação profissional e empreendedora.

Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres – A Organização das Nações Unidas (ONU), desde 1999, reconhece o dia 25 de novembro como o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres. A data foi escolhida em homenagem às irmãs Patria, María Teresa e Minerva Maribal, que foram violentamente torturadas e assassinadas na mesma data, em 1960, a mando do ditador da República Dominicana, Rafael Trujillo. As irmãs dominicanas eram conhecidas por “Las Mariposas” e lutavam por melhores condições de vida. 

Coordenação de Políticas para a Mulher – Criada em 2012, por meio do decreto 58.428, de 8 de outubro, é responsável pelas políticas relativas à defesa dos direitos da mulher e à promoção da igualdade de gênero. Partindo do diagnóstico de que as condições de vida das mulheres paulistas são afetadas por problemas e desafios de origens diversas e tendo em vista a complexidade da realidade social, considera que uma política pública eficaz deve, necessariamente, ser ancorada nos princípios da transversalidade e intersetorialidade e envolver, sempre que possível, parcerias com a sociedade civil organizada, universidades e setor privado.  Neste sentido, desenvolve uma série de iniciativas destinadas ao público feminino por meio da articulação intersetorial com as demais secretarias e órgãos estaduais.