“Programa Mulheres de Peito” vai realizar exames de mamografia gratuitos em Andradina

Assessoria de Comunicação

Uma carreta móvel do” Programa Mulheres de Peito” chega a Andradina no Mês da Mulher (março) para a campanha que pretende fazer pelo menos 500 exames em Andradina. O programa foi criado pela Secretaria de Estado de São Paulo e tem o objetivo de conscientização destas mulheres sobre a importância da realização do exame, assim como a facilidade do acesso ao mesmo, através da dispensa do pedido médico, facilidade de agendamento e garantia do tratamento logo após a confirmação do diagnóstico.

“A mamografia de rastreamento deve passar a fazer parte da rotina da vida da mulher, principalmente na faixa etária de 50 a 69 anos. A cada dois anos, no mês de seu aniversário devem realizar o exame, sem a necessidade de pedido médico”, disse a coordenadora de Atenção Básica. Carla Back. A carreta oferece mamografias gratuitas e sem necessidade de pedido médico para mulheres entre 50 e 69 anos de idade.

As imagens captadas pelos mamógrafos são encaminhadas para o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (Sedi), que emite laudos à distância, na capital paulista. O resultado sai em até 48 horas após a realização do procedimento. O atendimento é destinado ao público geral nessa faixa etária. “Quanto maior a idade, maiores as chances de ter câncer de mama. Não existem sintomas fáceis de identificar, porque o câncer de mama pode ser silencioso”, diz um alerta da Secretaria de Saúde alerta, no entanto, que mulheres de todas as idades podem ser atingidas pela doença.

A carreta do Mulheres de Peito também atende mulheres mais jovens. Neste caso, entretanto, é obrigatório levar o pedido médico, que pode ter sido emitido tanto pela rede pública quanto particular, além do RG e do cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em Andradina

Em Andradina o atendimento acontece no período de 08/03 a 19/03, na Secretaria Municipal de Saúde (R. Eng. Sylvio S. Shimizu, 1451- Peliciari). O atendimento acontece de segunda a sábado, sendo de segunda a sexta das 8h às 17h e no sábado das 8h às 12h. Por dia serão distribuídas 50 senhas por demanda espontânea para atendimento. Mulheres de 35 a 49 anos devem apresentar o pedido médico/enfermeiro SUS, cartão SUS e RG. Mulheres de 50 a 69 anos: apenas RG e cartão SUS e mulheres acima de 70 anos devem trazer o pedido médico/enfermeiro SUS, cartão SUS e RG.

Importância

O exame salva vidas. A mamografia faz uma detecção precoce, o que não impede que o câncer apareça, mas a descoberta num estágio inicial impede que ele evolua. A parceria com o Estado tem como objetivo ampliar o acesso e incentivar as mulheres a realizarem exames de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

A OMS estima que no mundo ocorram cerca de 1.050.000 casos de câncer de mama por ano. É o tipo de câncer que mais incide sobre a população feminina. Nas mulheres, é a causa mais frequente de morte por câncer. As causas do câncer de mama não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que a doença é multifatorial e depende de uma complexa combinação de fatores.

A idade é o principal fator de risco, que aumenta a partir dos 35 anos em alguns grupos. As mulheres que têm entre 50 e 70 anos são as mais propensas, por isso as políticas de rastreamento, baseadas nas recomendações da Organização Mundial de Saúde, são prioritariamente focadas nessa faixa etária. Existe também a predisposição genética, que não é tão significativa, pois representa de 5% a 10% dos casos, mas serve como alerta.

No Brasil, o câncer de mama é a primeira causa de morte por neoplasia nas mulheres, com exceção da região Norte, onde ele ocupa o segundo lugar (INCA, 2009). Ainda de acordo com o órgão, na contramão dos países que investiram em políticas de rastreamento para detecção e tratamento precoces e assim inverteram a proporção incidência versus mortalidade, no Brasil o aumento dos casos nas últimas décadas vem acompanhado do aumento do índice de mortalidade por câncer de mama.

O Estado de São Paulo apresenta a melhor cobertura para rastreamento de Câncer de mama no país. Porém o Estado posiciona-se abaixo da meta preconizada pelo MS (INCA) de cobertura de no mínimo 70% das mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos.