Prefeitura de Andradina desiste de financiamento de R$ 26 milhões para construção de novo Paço Municipal

“informação foi confirmada com exclusividade ao O Foco”

José Carlos Bossolan

A Prefeitura de Andradina oficializou a Superintendência da Caixa em Presidente Prudente que não terá interesse neste momento de contrair o empréstimo de R$ 26 milhões que deveriam ser empregados na construção do novo Paço Municipal, chamado pela administração municipal de “Centro Administrativo”.

“e-mail reitera desistência do financiamento junto a Caixa”

A informação foi confirmada pelo secretário de Fazenda, Norival Nunes, nesta terça-feira (03/05). A comunicação telefônica à agência bancária já havia sido feita por telefonema do próprio secretário em 25 de abril. Nesta terça e quarta-feira (04/05), o cancelamento do empréstimo foram oficiados por e-mail a instituição bancária. O documento é assinado pelo secretário de Administração, Norival Nunes e pela coordenadora de convênios, Fernanda Santos.

“comunicação a Caixa foi feita nesta terça e reiterado nesta quarta”

“Bom dia, conforme já repassamos verbalmente, após análise minuciosa do prefeito, ficou definido que, ao menos neste momento, não será possível concretizarmos esse financiamento, considerando as condições e taxas de juros que comprometeriam seriamente o orçamento do Município. Agradecemos desde já toda atenção” – anunciaram os responsáveis nesta terça-feira.

A obtenção dos recursos por empréstimo foi muito criticada pela população andradinense, já que existem outras áreas prioritárias e carentes de investimentos, como a área da saúde e infraestrutura.

FINANCIAMENTO

Com juros de 4,15% ao ano, além dos índices de CDI (Certificado de Depósito Interbancário) que vinha atingido o índice de 7,65%, a Câmara de Andradina aprovou a contratação do empréstimo dos R$ 26 milhões em 20 de dezembro por 8 votos favoráveis, 3 contrários e 2 abstenções, sendo que o presidente à época, Coxinha Prando pelo regimento não votou.

Se fosse contraído, a Prefeitura iria ter que desembolsar mais de R$ 3 milhões por ano em juros, com 24 meses de carência e 96 meses para o pagamento (8 anos), o que geraria no período algo em torno de R$ 24,5 milhões de juros. O novo centro administrativo deveria ser construído no prolongamento da avenida Guanabara.