PF deflagra operação para prender 10 suspeitos de financiar atos de 8 de janeiro

“também são cumpridos 16 mandados e busca e apreensão”

José Carlos Bossolan

A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta quinta-feira (17/08), a 14ª fase da “Operação Lesa Pátria”. Ao todo são 10 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão. Os policiais tentam cumprir os mandados contra suspeitos de terem fomentado o movimento violento chamado de “Festa da Selma”, que era na verdade, codinome previamente utilizado para se referir às invasões do Congresso, Palácio do Planalto e STF.

Segundo a PF, o termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos. Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído.

Os agentes estão tentando prender 2 pessoas no Distrito Federal, 2 em Goiás, 2 no Paraná, 3 em Santa Catarina e 1 na Paraíba. Já os mandados de busca e apreensão são contra 1 na Bahia, 2 no Distrito Federal, 2 em Goiás, 2 no Paraná, 7 em Santa Catarina e 2 na Paraíba. O objetivo dessa fase é identificar pessoas que incitaram, participaram e fomentaram os fatos ocorridos em 8/1, em Brasília/DF, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições.

Até as 7h10, 5 dos 10 alvos de prisão preventiva já tinham sido detidos – os nomes dos alvos não tinham sido divulgados. A TV Globo apurou que um dos presos é o pastor Dirlei Paiz, de Blumenau (SC). Em redes sociais, ele aparece em fotos ao lado de Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e com placas pedindo “intervenção federal”.

Pastor Dirlei Paiz, preso pela PF, em imagem com Jair Renan Bolsonaro — Foto: Redes sociais/Reprodução
“Pastor Dirlei Paiz, preso pela PF, em imagem com Jair Renan Bolsonaro — Foto: Redes sociais/Reprodução”

As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas. Os mandados desta fase da operação foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal.