MISSÃO YANOMAMI: no Amazonas, CONAFER reafirma o seu compromisso em favor dos povos originários

“Barcelos é um município do interior do Amazonas, ao Norte do Estado, a quase dois dias de viagem da capital Manaus. Se for de avião é uma hora em linha reta viajando sobre os arquipélagos da imensa bacia amazônica até chegar às margens do Rio Negro, o maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas e o sétimo maior rio do mundo em volume de água. Fundada em 1728, Barcelos é uma cidade histórica, a primeira capital da província do Amazonas, e tem sua origem ligada às missões que chegaram na Aldeia de Mariuá. Nesta região vivem indígenas de diversas etnias, entre elas os Yanomami, que vivem em aproximadamente 250 aldeias dentro da grande floresta. A missão CONAFER, composta pelos secretários indígenas Lucas Santana, Burain de Jesus e Júnior Xukuru, o secretário da Amazônia Legal Silas Vaz e a cientista política Alcyjara Lacerda, acompanhou a Primeira Assembleia da Associação Xorómawë, no último dia 15 de outubro de 21, com a participação de 16 comunidades Yanomami, e com a participação 11 Tuxauas, além de 150 parentes de outras comunidades do Rio Negro”

Wilson Ribeiro/Secom CONAFER

“Barcelos é um município do interior do Amazonas, ao Norte do Estado, a quase dois dias de viagem da capital Manaus”

A missão CONAFER saiu da capital Manaus no dia 13 de outubro e chegou na cidade de Barcelos no dia 14 de outubro. A viagem foi longa e teve como companhia toda a beleza e exuberância do Rio Negro. Todos foram recebidos pelos parentes Yanomami, e logo na chegada da cidade pelas duas lideranças representantes da associação Xorómawë, Geraldo e Leno, em território sagrado, para depois serem apresentados para todos os parentes Yanomami.

“A missão CONAFER, composta pelos secretários indígenas Lucas Santana, Burain de Jesus e Júnior Xukuru, o secretário da Amazônia Legal Silas Vaz e a cientista política Alcyjara Lacerda, acompanhou a Primeira Assembleia da Associação Xorómawë”

A missão CONAFER viu a realidade e o cenário em que vivem milhares de parentes. Como o descaso pela falta de infraestrutura para os alojamentos, pois muitos indígenas dormem em prédios abandonados da FUNAI, sem nenhum saneamento básico. Também foi verificado pela missão a qualidade do atendimento médico nos hospitais públicos da cidade. Foram encontrados casos de febre amarela, malária, falta de medicamentos necessários, e muitas crianças sofrendo e debilitadas por muitas doenças, com desnutrição, deficiência física e mental.

No dia 15 de outubro teve início a Assembleia Yanomami, que além dos indígenas, teve a participação do chefe de posto da SESAI, chefe de cartório do município, lideranças da associação ASIBA, da CONAFER e da UNI, a União Nacional Indígena. Houve um grande ritual de abertura, e logo em seguida foi dado início à grande pauta Yanomami.

Durante 3 dias os representantes da CONAFER estreitaram o relacionamento com os Yanomami, muitos agricultores se filiaram à Confederação, também foram doados alimentos para as comunidades, além de reuniões com as lideranças e a participação nos rituais sagrados na Assembleia. No dia 16 de outubro, segundo dia da Assembleia Yanomami, um professor da etnia começou a fazer a leitura da Ata e do Estatuto, com todos os participantes aprovando e fechando os trabalhos da Assembleia com muito sucesso. Uma apresentação dos Tuxaua e uma grande pajelança fecharam os trabalhos.

Comunidades Yanomami presentes à Primeira Assembleia da Associação Xorómawë
Bahaka
Marari
Manopi
Bandeira Branca
Alapusi
Novo Paraná
Terra Alta
Katanapiwei
Ajuricaba
Hemarepiwei
Castanha
Padawëry
Baré
Pahapeweiteki
Rahakateri
Karaná
Tuxauas
Alipio
Bandeira Branca
Apolonio
Manopi
Leno
Pahana
Dobia
Antonio
Juricaba
Teâ teap+wei
Katanap+wei
Terra Alta
Paranap+wei
Loel
Kawani