Letalidade da Covid em São Paulo é superior à média nacional e mundial

“levantamento divulgado na sexta-feira está disponível no site do Seade”

José Carlos Bossolan

O Boletim divulgado em cooperação pelo CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica), CCD (Centro de Controle de Doenças) e Secretaria de Estado da Saúde, e elaborado pelo Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), divulgado na sexta-feira (27/02), apresenta taxa de letalidade da Covid-19 em São Paulo de 2,9% dos casos. A média nacional é de 2,4% contra 2,2% no âmbito mundial.

Entre as mulheres a taxa de mortalidade no estado é de 2,3% contra 3,6% entre homens. O município com as maiores taxa de letalidade estão São Luiz do Paraitinga com 26,3% (região do Vale do Paraíba) e Gastão Vidigal (região de São José do Rio Preto), com 11,7%, enquanto a cidade de São Paulo apresenta o percentual de 3,6%.

Nos municípios de Araçatuba (2%), Andradina (3,6%), Dracena (2,2%), Santa Fé do Sul (2,9%), Ilha Solteira (2,9%), Castilho (1,8%), Pereira Barreto (2,2%), Tupi Paulista (1,6%), Guararapes (1,6%), Guaraçaí (2,5%),  Nova Independência (1,5%), Murutinga do Sul (3%) estão registradas a taxa de mortalidade da Covid-19.

Os óbitos tem a feito entre as vítimas, 57% de homens e 43% em mulheres, embora as mulheres tenham sofrido maior números de infectadas (54%) contra 46% de homens. Os dados apresentam que quanto maior a idade, maior a letalidade.

De 90 anos ou mais, a taxa de morte é de 37,8%, contra 29,9% entre as pessoas com idade entre 80 a 89 anos. Os que têm entre 70 e 79 anos, os índices são de 16,9% e de 7,6% entre 60 e 69 anos. Entre o que possuem idade entre 50 e 59, o percentual é de 2,5. Os de 40 a 49 anos, a porcentagem é de 0,9 % contra 0,4% dos da faixa etária de 30 a 39 anos.

Na região de Araçatuba, os índices tem sido diferente da média estadual.  Os contaminados da faixa etária 90 anos ou mais, a taxa de mortes é de 38,5%, contra 26,7% entre as pessoas com idade entre 80 a 89 anos. Os que têm entre 70 e 79 anos, os índices são de 12,4% e de 5,5% entre 60 e 69 anos. Entre o que possuem idade entre 50 e 59, o percentual é de 2,1%. Os de 40 a 49 anos, a porcentagem é de 0,8 % contra 0,3% dos da faixa etária de 30 a 39 anos.

Os demais infectados com idade de zero a 9 anos índice é de 0,2% e de 10 a 29 anos, a taxa de óbitos permanece em 0,1%. Algumas doenças também tem tido papel importante nestes índices negativos que leva a óbito. Os pacientes com doenças pré-existentes tem sido as maiores vítimas.

Pessoas com doenças neurológicas tem falecido em 50,9% dos casos, doenças hepáticas (47,8%), pneumopatia (45,4%), doença hematológica com 38,8%, síndrome de Down (32,9%) e doença renal (30,9%), obesidade 29,4% dos casos, asma (22,5%), diabetes 16,3%, cardiopatia 15,2%, imunodepressão 15,1% e puérpera com 14,6%.  Esses são dos dados estaduais.

Na região de Araçatuba, os com doenças neurológicas tem ido à morte em 52,8% dos casos, doenças hepáticas (50%), pneumopatia (42,5%), doença hematológica com 34,3%, síndrome de Down (27,3%) e doença renal (19,3%), obesidade 22,9% dos casos, asma (27,9%), diabetes 14,3%, cardiopatia 11,8%, imunodepressão 6,9% e puérpera com 13,3%.

Com relação aos leitos disponíveis, os dados do Seade apresentam que no estado estão livres de pacientes 46,6% em enfermaria e 27,9% em UTIs. Na noite deste sábado (27), a Santa Casa de Andradina anunciou que 100% dos leitos da entidade disponíveis para pacientes da Covid estão ocupados, da mesma forma que muitos outras instituições que recebem e tratam pacientes da Covid.Na manhã desta segunda-feira (01/03), o Brasil contabiliza 254.221 vítimas, sendo 59.493 no Estado de São Paulo. Os infectados no país são de 10.517.232 e 2.041.628 em São Paulo.

Apenas às regiões de Araçatuba, Piracicaba e Baixada Santista estão na fase amarela do Plano SP, mas com a ausência de leitos hospitalares disponíveis é provável que estas regiões regridam de fase. O colapso do sistema público e privado no estado deverá acontecer em alguns dias, embora o secretário estadual da Saúde, previu que poderá faltar leitos em 22 dias. O Governo de São Paulo pediu mais de 5 mil leitos de UTIs ao Ministério da Saúde, no entanto o órgão ministerial deu sinais que irá liberar mais esse pedido.

Os indicadores completos estão disponíveis no site – https://www.seade.gov.br/coronavirus/