“O evento acontecerá no dia 7 de maio de 2022, sábado, das 9h as 16h”
Assessoria de Comunicação
As sementes crioulas são aquelas que não sofreram modificações genéticas por meio de técnicas científicas de melhoramento genético, a transgenia. E o propósito principal é utiliza-las de forma a auxiliar os assentados na sua sobrevivência, tornando viável a produção do seu próprio alimento e a comercialização dos seus excedentes, sendo uma alternativa para geração de receita e melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares.
O programa evoluiu e virou prática na região, atendendo centenas de famílias assentadas e atualmente é base para um modelo agrícola diversificado e uma forma de manutenção do autoconsumo para essas famílias. “As sementes são economicamente viáveis por poderem ser cultivadas com a entrada de menor quantia de insumos externos e apresentarem melhor adaptação ao ambiente no qual são cultivadas” afirma o coordenador do projeto de sementes crioulas, Prof. Dr. Leandro Barradas Pereira.
Somente em Andradina, são 622 famílias assentadas, distribuídas nos assentamentos Josué de Castro, Belo Monte, Arizona, Primavera e Timboré. Para elas, o programa proporciona geração de renda, soberania alimentar e segurança nutricional. Na região do Território Prof. Cory/Andradina que é constituído pelos municípios de Andradina, Castilho, Guaraçai, Ilha Solteira, Itapura, Nova Independência, Mirandópolis, Pereira Barreto, Murutinga do Sul, Sud Menucci e Suzanápolis são cerca de 3.466 famílias assentadas por política de reforma agrária estadual e federal, sendo potencialmente o principal público do programa.
Além da feira, algumas ações para estimular o plantio e preservação das sementes crioulas, como a criação da Lei municipal 3827 de 2021, que foi sancionada pela Câmara Municipal e “Institui a Política Municipal de Incentivo à Formação de Bancos Comunitários de Sementes Crioulas e Mudas e Conservação da Agrobiodiversidade”, também contribuem para o fomento do programa.
Já foram realizadas 2 edições da feira, uma em 2018 e outra em 2021. Na primeira participaram cerca de 250 pessoas, na segunda aproximadamente 350, e agora a expectativa é de receber mais de 500 pessoas da região e também de outros estados. A programação deste ano prevê a comercialização de produtos artesanais, troca de sementes crioulas, mudas de árvores, ervas medicinais e PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais). Também haverão oficinas voltadas para apicultura, meliponicultura (criação racional de abelhas sem ferrão), produção de sementes e apresentações culturais.