Secom CONAFER
Todo profissional do meio rural que atua pelo coletivo, levando conhecimento, tecnologia e fomento aos pequenos produtores, é um extensionista rural. Atuando nas áreas econômicas, social e ambiental, o extensionismo rural tem em sua força de trabalho, engenheiros, veterinários, zootecnistas, assistentes sociais, economistas, biólogos, geólogos, técnicos agrícolas e pesquisadores que transferem conhecimentos e tecnologia para as famílias pelo processo educacional e de financiamento da cadeia produtiva por meio de políticas públicas. A formação do extensionista deve levar em conta o conhecimento dos processos de produção que respeitem o meio ambiente e a realidade do meio rural, criando e desenvolvendo ações e soluções que promovam a qualidade de vida dos verdadeiros protagonistas do segmento agrofamiliar
A extensão rural é um dos ramos das Ciências Agrárias que se ocupa em fornecer serviços educacionais de caráter continuado para o meio rural, auxiliando em processos de gestão, produção, beneficiamento e comercialização das atividades, bem como dos serviços agropecuários e não agropecuários. Uma das funções do extensionista rural é fazer a ligação entre o produtor e os órgãos de estado. Além da ajuda na elaboração de projetos e estratégias de produção, ele auxilia no desenvolvimento geral das propriedades.
Portanto, uma das características de um extensionista é ter sensibilidade para atividades de responsabilidade social. Conhecer a realidade do meio significa ter um olhar ampliado da realidade rural, contextualizando seu amplo aspecto socioeconômico. Essa tarefa supõe que o extensionista não seja apenas um técnico encarregado de soluções específicas para problemas específicos.
A evolução do extensionismo rural no Brasil ocorreu de forma bem definida a partir de 1948, chegando até 1962, com a predominância do humanismo assistencialista. Depois, surgiu um movimento intitulado de difusionismo produtivista (1963 – 1984) para promover a melhoria da produção e a produtividade dos agricultores. Já a partir de 1885, aparece o humanismo crítico, em que seus defensores afirmam que as metodologias de intervenção rural devem pautar-se por princípios participativos, que levem em conta os aspectos culturais do público-alvo.
Nos dias de hoje, a extensão rural é uma educação não formal, onde educador e educando, a partir do saber de cada um, constroem novos saberes. Assim, agricultores familiares e empreendedores familiares rurais são preparados para desenvolver sistemas produtivos, inovadores e com tecnologias sustentáveis em todos os seus processos, aumentando ainda mais o valor do extensionismo para todo o meio rural.