Conselho de Educação decide: Em Castilho, início das aulas continuará remoto 

 

A decisão é válida, pelo menos, para o mês de fevereiro. Depois disso, situação local e regional será reavaliada, considerando opinião dos pais sobre retorno presencial gradativo”

Assessoria de Comunicação

CASTILHO – O Conselho de Educação de Castilho reuniu-se na sexta-feira (22), para discutir e definir os protocolos de retomada das atividades presenciais na rede municipal de ensino. A deliberação define como será o calendário oficial válido para creches, educação infantil, e ensino fundamental.

Levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Educação no ano passado revelou que 84% dos alunos matriculados na Rede Municipal não possuem nenhum tipo de comorbidade que seja considerada potencializadora para contaminação pelo coronavírus. Entre os outros muitos tópicos avaliados pelos educadores estão questões como os tipos e quantidade de EPIs disponíveis e período que eles poderiam ser utilizados sem interrupção até finalização de uma nova licitação, alterações em rotas e regras no transporte de alunos, critérios de distanciamento entre os alunos dentro de cada sala de aula, regras para horários de entrada e saída, bem como para distribuição da merenda escolar. Por determinação do Plano São Paulo, somente 35% do total de alunos podem retornar às salas de aula neste primeiro momento do processo.

“Isso não significa que somos obrigados a receber 35% dos alunos em cada escola. Tudo depende da capacidade de alunos por sala de aula, por exemplo. Se numa sala que em tempos normais receberia a média de 30 alunos couberem apenas 04 ou cinco, além do professor, mantendo o distanciamento seguro e demais medidas preventivas, é isso que faremos”, explicou Silvania Cintra – secretária municipal de Educação.

Para os conselheiros, no entanto, o retorno deve ocorrer remotamente num primeiro momento, período este em que os pais devem ser consultados se enviariam ou não os seus filhos à escola.

“O retorno presencial envolve horários diferentes de entrada e saída, períodos reduzidos de presença nas escolas e outros detalhes que estamos discutindo agora. Isso afeta diretamente a vida de todas as famílias, que precisariam reorganizar toda sua rotina diária”, defendeu o professor Carlos ‘Madu’. “Este processo de retomada é desgastante sob todos os pontos de vista. A legislação preventiva está em constante mudança. Ideias que inicialmente eram consideradas viáveis, terminaram se mostrando impraticáveis. Creio que retomar remotamente e observar o comportamento geral dos educandos e pais, de Castilho e região, é o mais prudente”, observou a professora Mel Rosalez.

Após as deliberações que transcorreram normalmente, inclusive com a participação remota de alguns membros que emitiram suas respectivas opiniões através da internet, por decisão unânime, o Conselho optou pelo retorno remoto agora em fevereiro.

Ao término do mês, uma nova reunião – desta vez focada em avaliar o cenário deste primeiro período, será realizada para analisar as respostas dos pais sobre aulas presenciais. Este processo pode se repetir nos meses seguintes, até que haja maior segurança para o retorno às escolas.

PREPARATIVOS 

Tanto a dirigente municipal de Educação, Silvania Cintra, quanto os conselheiros, deixaram claro que o Município não é contrário ao retorno dos alunos às salas de aula:

“Nós reconhecemos a importância deste retorno para o pleno desenvolvimento dos alunos. Por isso, desde o primeiro dia deste mês de janeiro, tenho visitado cada unidade de ensino para verificar e providenciar as adequações necessárias para que, no momento oportuno, quando os alunos retornarem às salas de aula, tenham um ambiente aconchegante e propício ao aprendizado. Praticamente todas as unidades de ensino estão recebendo melhorias durante este período. Quando tanto professores quanto pais chegarem ao consenso de que é hora de enviar as crianças de volta às escolas, estaremos com tudo pronto”, destacou Silvania.

Os preparativos para o retorno das aulas presenciais também incluem a manutenção da frota de veículos da Educação, contratação dos monitores através de processo licitatório, compra de alimentos da merenda escolar e introdução de novas regras para serví-las com segurança nas escolas. Os itens que comporão os kits pedagógicos distribuídos aos alunos da rede municipal também estão sendo reavaliados para adequá-los a esta nova realidade do ensino híbrido forçado pela pandemia do coronavírus. A aquisição de uniformes escolares também está em análise, bem como a adoção de uma nova plataforma digital que facilitará o envio e recebimento das atividades remotas enquanto elas persistirem.

ELEIÇÃO DE DIRIGENTES 

Começa nesta segunda-feira (25) a eleição realizada entre professores de toda a rede escolar do município para indicar os nomes dos possíveis diretores e coordenadores pedagógicos de cada unidade escolar. 

A votação ocorrerá em sistema de rodízio, com horário pré-definidos pela Secretaria de Educação para evitar aglomeração e os consequentes riscos de contágio pelo coronavírus. Finalizadas as votações de cada escola e creche, os nomes dos três candidatos à direção e dos dois candidatos à coordenação mais votados em cada escola, serão enviados ao prefeito Paulo Boaventura, que escolherá um dos indicados pelo colegiado para cada função.

Após definido o cenário de dirigentes, Silvania Cintra e sua equipe vai se reunir com eles para dar continuidade à elaboração do protocolo de retorno às aulas, definindo, entre muitos outros assuntos, as datas de entregas das atividades aos alunos e prazos para devolução das mesmas preenchidas pelos educandos.