BOLETIM PROHORT: baixa demanda reduz preços do hortifruti informa a CONAB; no CEAGESP foi de -40,48%

Secom CONAFER

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta terça-feira, 17 de maio, o 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), que aponta para uma redução nos preços de frutas como melancia e mamão, e no caso dos hortifrutis, a cenoura. Segundo a Companhia, o decréscimo no valor praticado pelo mercado nesses produtos se deve a baixa demanda, que tem assegurado ao consumidor cotações estáveis ou até com preços inferiores aos praticados por alguns mercados, especialmente na CEAGESP/SP (-40,48%), onde o produto chega a custar, em média, R$ 1,50/kg, e na Ceasa de Goiânia/GO (-36,56%), sendo vendida a um preço médio de R$ 2,03/kg. Com relação ao valor do mamão, que desde o início do ano sofreu sucessivas altas, atingindo valores elevados, apresentaram uma leve diminuição no mês de abril, embora os especialistas alertem para a possibilidade de novas altas para este produto ainda neste mês de maio. Já a cenoura, item com maior elevação nos últimos 12 meses, chegando a custar 166% mais caro para o consumidor, obteve uma redução no preço de mercado, também justificado pela baixa procura, e devido aos problemas climáticos enfrentados, no início do ano, por seus principais estados produtores: Minas Gerais e São Paulo

“Novo Boletim Prohort mantém tendência de alta nos preços da cebola, batata e tomate dos mercados estudados”

O Prohort serve para orientar o consumidor na pesquisa de preços dos alimentos da agricultura familiar, facilitando sua substituição no cardápio por alimentos que estão sendo vendidos por preços mais em conta. Uma sondagem realizada pela XP aponta para uma alta de 0,50% em maio no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA já havia subido 1,06% durante o mês de abril, acumulando alta de 12,13% no saldo dos últimos 12 meses, e esta alta foi puxada, principalmente, pelo preço dos alimentos, sobretudo nos produtos hortigranjeiros.

Produtos como banana, laranja e maçã, foram os que tiveram mais oscilações de preços entre os mercados atacadistas analisados pela Conab, sendo que a laranja obteve destaque na diminuição do seu preço médio na Ceasa de Rio Branco/AC (-26,84%), e a maçã capixaba, que na Ceasa em Vitória/ES obteve 18,46% de redução. Em contrapartida, hortaliças como a batata, cebola e o tomate dos mercados estudados tiveram uma alta nos preços, penalizando famílias brasileiras de baixa renda, consumidores frequentes destes três itens entre os dez produtos que compõem sua alimentação básica.

“Após sucessivas altas, preço da cenoura apresenta redução de até 30% nos mercados analisados

Com relação a cenoura, apesar de a produção deste item ter sido prejudicada, entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, devido ao excesso de chuvas nas maiores regiões produtoras, ocasionando perdas das lavouras e dificuldades no seu manejo e controle fitossanitário, a baixa procura fez com que seus preços caíssem neste mês de maio, embora ainda seja considerado alto quando comparado a períodos anteriores. De acordo com a Conab, a maior redução de preço para este item se deu em Vitória/ES (-30,16%).

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“Frutas sinalizam preços mais baixos nas Ceasas do país”

Na comparação com o mês de abril, houve redução na média de preços de produtos como a abóbora moranga (-20%), beterraba (-16%), batata-doce (-15%), inhame (-12%) e abobrinha (-11%). Entre as frutas comercializadas, tiveram destaque as cotações do caqui (-47%), pêssego (-29%), melão (-21%), carambola (-17%), limão (-15%) e a uva (-12%).

A expectativa é de que os preços das hortaliças comecem a normalizar a partir deste mês de maio, devido a baixa procura destes itens pelas famílias e sua substituição pelas olerícolas, produto com maior oferta neste período. Diante da especulação de preços praticada pelo mercado, o consumidor deve estar atento para realizar as melhores compras.

A política de preços também serve para orientar os produtores rurais na tomada de decisão do que plantar e o quanto investir na agropecuária, tendendo o agricultor a realizar o plantio de culturas que ofereçam maior rentabilidade. Tradicionalmente, de acordo com especialistas da área, o movimento de redução nos preços se dá quase sempre de forma mais suave do que a sua elevação, e envolve também fatores comportamentais dos consumidores, que diante da inflação dos produtos, fazem sua substituição e ajudam a diminuir a demanda de mercado.

Com informações da Conab.