Após quase 3 décadas a frente de SP, PSDB fica fora do 2º turno

“partido governou o estado por 6 mandatos consecutivos”

José Carlos Bossolan

As pretensões do PSDB de continuar governando o estado mais populoso e de maior orçamento do país, se finda com o governador Rodrigo Garcia não conseguindo disputar o segundo turno. Recém filiado ao PSDB (2021), com a chancela do diretório estadual e apadrinhado por João Doria, Rodrigo Garcia era considerado municipalista e contava com apoio de mais de 500 dos 645 prefeitos do estado e 2.000 vereadores.

Governado desde 1995, quando Mário Covas foi eleito, o PSDB acumulou 6 mandatos consecutivos, tornando São Paulo o principal ninho tucano. Figuras como Covas, Alckmin, Serra, Doria e por fim, Rodrigo Garcia, foram bem sucedidos nas eleições governamentais, principalmente graças a massiva e hegemônica em votação no interior paulista, que era até então um trunfo aos tucanos.

Mesmo com a “máquina em mãos”, o tucano obteve a terceira colocação nas intenções de votos com 4.296.293 (18,40%), sendo a mais baixa do partido dos eleitores de São Paulo, em percentual desde sua fundação. O mais votado foi Tarcísio de Freitas (PL), que transferiu seu domicilio eleitoral para São José dos Campos neste ano e conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, seguido por Fernando Haddad, apadrinhado por Lula.

“Tarcísio e Haddad farão disputa do 2º turno”

O liberal, contabilizou 9.881.995 votos (42,32%), contra 8.337.139 votos (35,70%) do petista. Não há definição se o PSDB manifestará apoio a algum dos candidatos no 2º turno, mas a tendência é que os eleitores do tucano, decline mais para Tarcísio à Haddad.

Representação

No âmbito federal, o PSDB encolheu de 6 deputados federais de 2018, para apenas 2 em 2022, dos 70 parlamentares em que o estado tem direito na Câmara dos Deputados. Nomes conhecidos como José Serra, Joyce Rasselmann, José Aníbal e Ricardo Tripoli, ficaram como suplentes. Na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), o partido passou de 8 em 2018, para 9 em 2022. Em 2018, o partido possuía a terceira maior bancada ao lado do PSB. Em 2022, o partido mantém a mesma colocação, agora atrás do PL (19 deputados) e PT (18 deputados) de 94 da composição do órgão.