“Denominado “Campo Acolhedor”, projeto incentiva o plantio de forrageiro para suprir necessidade alimentar dos rebanhos durante a estiagem, com forte tendência a aumentar a produtividade leiteira no município”
Assessoria de Comunicação
A Câmara de vereadores acatou o pedido e autorizou o prefeito Paulo Boaventura a iniciar o segundo projeto de sua gestão exclusivamente voltado aos pecuaristas municipais. Após o anúncio da breve retomada do programa municipal de Inseminação Artificial, a Prefeitura vai incentivar os produtores rurais do município a plantarem um tipo especial de capim que oferece excelente fonte de suplementação alimentar para o gado durante os períodos de seca e redução significativa nas áreas de pastagem.
“A variedade de capim escolhida por nossas equipes técnicas é o BRS Capiaçú, pelo fato dessa cultura possuir boas características relacionadas à produtividade, valor nutricional e manejo simples”, explicou o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, José Carlos Justi.
O novo programa recebeu o nome de “Campo Acolhedor” e prevê investimento de aproximadamente R$ 300 mil nos próximos anos. Todas as propriedades rurais que se encaixarem nos critérios do programa, receberão da Prefeitura toda a assistência técnica e ajuda no preparo do solo necessários para iniciar o plantio, além das sementes ou mudas para implantação de capineiras numa área máxima de 5 mil metros quadrados por propriedade rural que decidir aderir ao projeto.
Outro destaque nesta nova proposta é que as famílias que aderirem ao programa, também assinarão um termo de compromisso de fornecer mudas ou sementes do Capiaçú aos próximos produtores que forem aderindo ao programa, gerando assim um ciclo contínuo das áreas de capineiras.
PANORAMA RURAL
Antes de ‘lançar’ o programa, a Secretaria de Agricultura passou os três primeiros meses do ano analisando profundamente a realidade dos pecuaristas locais. Durante este estudo, os técnicos municipais apuraram que das cerca de 1.521 propriedades rurais de Castilho, 1.400 pertencem à agricultura familiar. Destas, 1.250 propriedades têm na bovinocultura mista e de leite a sua principal fonte de renda. Outros números que reforçam a iniciativa da Prefeitura estão diretamente relacionados ao número de cabeças de gado leiteiro/misto (próximo de 26 mil) e de gado de corte (cerca de 29 mil).
Apesar destes números impressionarem, o levantamento aponta que a produtividade geral é baixa por conta de fatores como a ordenha manual ou mecanizada sem a higienização correta, a degradação das pastagens, baixa oferta e variação de tipos de forragem, práticas inadequadas de cultivo e variações climáticas.
“Estes estudos nos convenceram que o Capiaçú é uma alternativa eficiente e de baixo custo para ajudar os produtores rurais na suplementação da alimentação de seus rebanhos. Além de suprir as necessidades dos animais durante os períodos de seca, também pode aumentar consideravelmente a produção leiteira”, finalizou o prefeito Paulo Boaventura. Confira o texto integral da Lei campo acolhedor, na página 07 do Diário Eletrônico desta quinta-feira, dia 22 de abril.