“As políticas públicas estão longe de resolver as demandas de fomento do segmento agrofamiliar brasileiro; fintechs voltadas ao agro, inovações em carteiras de crédito e ativos agroecológicos são atrativos para investidores privados”
Wilson Ribeiro/Secom-CONAFER
Existem movimentos da economia que se sobrepõem aos aspectos ideológicos e de políticas públicas dos governos, das metas do Banco Central e bancos de desenvolvimento. Eles ocorrem a partir do desgaste de modelos econômicos, novas oportunidades de alto retorno do investimento e também por inovações tecnológicas. Este pacote é capaz de mudar paradigmas.
Como o financiamento público do segmento agrofamiliar, uma bandeira histórica do setor. Pois, criou-se um conceito de assistencialismo para os setores mais vulneráveis, e acabam se confundindo com políticas de crédito de baixo valor, o que ocorre frequentemente com o Pronaf, nosso principal programa de crédito agrícola, fazendo com que o pequeno agricultor muitas vezes saia do banco deixando parte do dinheiro que emprestou em taxas e custos, já pensando em uma nova dívida.
Projetos de financiamento da produção com valores maiores têm mais chances de sucesso. Porém, para as demandas por valores mais baixos de financiamento, como o Pronaf B até 5 mil reais, os agricultores ainda sofrem com as exigências e excessos de burocracia, e taxas de mercado, excesso de burocraciamesmo que menores que os bancos privados.
Os recursos que fomentam os setores do agronegócio, agrofamiliar e todos os outros setores da economia, provêm do BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, e que segue orientações da autoridade econômica do país, o que inviabiliza novos recursos em função de ajustes fiscais, causando variações nas políticas de crédito, tanto das carteiras, como nos processos de aquisição de financiamentos.