“imunização impacta na saúde com diminuição de casos e de óbitos”
José Carlos Bossolan
“À partir do momento que a gente começa imunizar, o impacto na saúde é a diminuição, redução de internação e de mortalidade” – destaca o diretor clínico da Santa Casa de Andradina e coordenador da UTI da Santa Casa de Andradina, dr. Thiago Henrique Barbosa Oliveira.
O médico que tem atuado na linha de frente de enfrentamento à Covid-19 , explicou o motivo pelo qual o Plano Nacional de Imunização começa pelas pessoas de mais idade – “ a imunização começa com pessoas mais velhas, por que são pessoas potencialmente mais frágeis. Eu nem estou falando de comorbidades. Se você somar a idade com outras doenças associadas, então a chance dessa população de internar e ir a morte é muito grande, então você já reduz essa internações e a mortalidade. Na verdade, o que a vacina propaga evitar a transmissão do vírus. o impacto da vacina é reduzir as internações hospitalares e o índices de mortalidade das pessoas internadas e daquelas que permanecem em suas residências, reduzindo o número de internações e mortes daqueles com uma faixa de idade mais elevada” – analisa dr. Thiago Henrique.
Dr. Thiago Henrique é gastroenterologista, especialista em distúrbios do aparelho digestivo, correções de hérnia e cirurgias abdominais, tem atuado diretamente no tratamento de pacientes com a Covid, avalia que como não são vacinados todos os indivíduos de uma vez, a vacinação em massa corta a transmissão do vírus. O médico atendeu prontamente o pedido de informações de nossa reportagem.
IMUNIZAÇÃO
A praticamente um ano desde do início da pandemia, o Ministério da Saúde ainda busca comprar vacinas para imunizar a população nacional. Sob o comando do Ministério, o Plano Nacional de Imunização não chegou a imunização de 5% da população, contribuindo para a proliferação do vírus, que agora apresenta mutações.
Na região, conforme noticiado pelo O Foco, o presidente do Ciensp, Otávio Gomes vem buscando alternativas para a compra de vacinas para os municípios do consórcio, com objetivo de acelerar o processo de imunização e frear os índices de contágio pelo coronavírus.
Entretanto, tanto a legislação como o desinteresse dos fabricantes de vacina em vender as doses fora do PNI e diretamente aos municípios, vai prolongar o ciclo de contágio por muito mais tempo.
“Já participamos de várias reuniões virtuais sobre a compra de vacinas, e no momento que a União liberar os estados e municípios a comprar, e ter a regulamentação e a legalidade para nós adquirirmos. Com certeza estaremos na frente para realizar a compra para os municípios que fazem parte do CIENSP, pois nosso consórcio tem todas as documentações e histórico sobre trabalhos bem feitos. Vamos continuar tentando e negociando alguma vacina para acelerar a imunização não só de Ilha Solteira, como de toda região, e frear o contágio desse vírus. Vamos lutar para diminuir a quantidade de pessoas indo a óbito por causa dessa doença, além da crescimento de pessoas infectadas. Somos referências e seremos cada vez mais destaque em ações que venham diminuir os impactos dessa pandemia sobre a vida de nossas famílias, que infelizmente tiveram a vida ceifada por esta doença” – anuncia o presidente do Ciensp e prefeito de Ilha Solteira, Otávio Gomes, que vem se empenhando junto a Associação Nacional dos Prefeitos para proporcionar a compra de vacinas para os municípios do noroeste paulista.