“dia foi movimentado em Brasília e sinaliza disputa em 2022 entre Bolsonaro e Lula”
José Carlos Bossolan
Esta segunda-feira (08/03) foi bastante movimentada em Brasília, com um roteiro que até os mais descrentes da esquerda não acreditaria. Primeiro, o ministro Luís Edson Fachin do STF (Supremo Tribunal Federal), anulou às condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, objeto da “Operação Lava” na 13ª Vara Federal de Curitiba e do TRF4 (Tribunal Regional da Quarta Região).
Lula havia sido condenado nos processos criminais conhecidos nacionalmente como do apartamento Triplex no Guarujá, sítio do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar (sítio de Atibaia), Instituto Lula e doações ao instituto que leva o nome do ex-presidente. O ministro Edson Fachin, considerou que a Justiça Federal em Curitiba não tinha competência para julgar os casos envolvendo propriedades no Estado de São Paulo, e determinou que os autos fossem remetidos para a Justiça Federal em Brasília.
A decisão liminar do Habeas Corpus impetrado por Lula, deverá ser apreciado no mérito pelo Plenário da Corte e “joga” mais água na fervura dos Procuradores da República em Coritiba, além do ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro (responsável pelas condenações do petista) e “expurgado” do governo federal, sob o comando de Jair Bolsonaro.
Tanto os procuradores da Lava Jato como o ex-ministro, tiveram a “imagem se super-heróis” rasgadas após a divulgação de mensagens no Telegram, reveladas pelo The Intercept e culminando com a “Operação Spoofing” da Polícia Federal, demonstrando supostas combinações em futuras condenações do ex-presidente Lula e outras autoridades.
Agora, se não houver tramitação” relâmpago” no Justiça Federal do DF e do TRF1, da forma que ocorreu na jurisdição do Paraná, Lula estará elegível e deverá polarizar a disputa não concretizada em 2018, pelas decisões judiciais entre Bolsonaro e o petista.
MANIFESTAÇÃO
Praticamente no mesmo horário que veio à tona a decisão da absolvição do ex-presidente, a FNL (Frente Nacional de Luta – Campo e Cidade), realizava manifestação na Praça dos Três Poderes, quase em frente ao Palácio do Planalto (residência oficial do presidente Jair Bolsonaro).
No ato da FNL, um grupo de aproximadamente 50 militantes faziam “panelaço”, cobrando do Governo Federal “vacina para todos, terra, trabalho, moradia, auxílio emergencial e a prisão do presidente Jair Bolsonaro”, definido pelos manifestantes como “genocida”. “Estamos aqui marcando o Dia Internacional da Mulher, defendendo o fim da carestia, auxílio, vacina e cadeia para quem está matando o povo. Em face da pandemia, nós não temos condição de causar aglomeração” – anunciou o representante pela comunicação social da FNL, Pedro Batista.
Segundo representante da FNL, a manifestação foi pacífica e encerrada sem nenhum incidente.