“enquanto a politicagem prevalece ante a gravidade da situação, muitos irão à óbito por falta de leitos”
José Carlos Bossolan
Com 100% de ocupação de pacientes da Covid-19, a Santa Casa de Andradina está com todos os 25 leitos disponíveis ocupados. A informação foi confirmada com exclusividade ao O Foco pelo superintendente da unidade de saúde, Sebastião Sérgio da Silva, às 19h40 deste sábado (27).
Segundo o superintendente da Santa Casa de Andradina, a DRS (Diretoria Regional de Saúde), já solicitou que a entidade dobre sua capacidade de atendimento. Na manhã deste sábado a assessoria de imprensa da Santa Casa, já havia externado a preocupação da possibilidade dessa realidade de ocupação total dos leitos acontecer.
“Era o que mais temíamos. Estamos trabalhando no nosso limite físico e mental e o que mais assusta, é o comportamento indiferente da população que insiste em não seguir as orientações de prevenção”, relatou o médico responsável pela UTI Covid, dr. Rafael Marão que também se refere as baixas de profissionais ausentes por terem sido infectados, hoje de manhã.
Os novos leitos pedidos pela DRS a Santa Casa de Andradina não tem previsão para acontecer, já que há dificuldade de adaptação de espaço físico e estrutural.
POLITICAGEM
Enquanto o presidente da República, Jair Bolsonaro incita e participa de aglomeração, por outro lado, o governador do Estado de São Paulo, João Doria, assim como o presidente, aposta em medidas paliativas e demagogas com interesses em candidaturas nas eleições de 2022, agradando certos setores econômicos e empresarias.
Bolsonaro desde o início da pandemia tem virado “garoto propaganda” da hidroxicloroquina, sem comprovação de eficácia no tratamento da Covid e ainda faz o populismo semelhante do petista e ex-presidente Lula da Silva, ao se referir-se ao H1N1 como gripezinha (Bolsonaro age como tal sobre a Sar-Cov-2). Doria, não abdica de participar das coletivas no Palácio do Planalto todos os dias sobre os lançamentos de dados, mas cria uma restrição das 23 às 5h (em vigor nesta sexta-feira, 26), de forma demagoga, pois nesse horário o fluxo da maioria da população trabalhadora inexiste e em nenhum outro momento foram paralisadas atividades de grandes industrias no estado, mas gastou milhões em hospitais de campanha que se quer há vestígio (só durou alguns meses a “lona armada”).
Em meio a isso, está à população, quer como vítima, refém ou culapada, continua apostando no “em mim não pega”, e neste contexto, o Brasil registra mais de 253.000 mortos pela doença no país, e o Estado de São Paulo, contribuindo neste índice com quase 60.000 de vidas, segundo dados deste sábado.Importante neste momento é manter os cuidados de higiene e principalmente o isolamento social, pois não haverá leitos para todos.