Valdo Cruz/G1
O presidente Lula vai anunciar nesta quarta-feira (15) o “Vale Reconstrução”, de cerca de R$ 5 mil para famílias desabrigadas no Rio Grande do Sul, vítimas das chuvas intensas que atingiram a região. O vale será um auxílio da Secretaria Nacional da Defesa Civil e será executado com o apoio da rede do Sistema Único de Assistência Social (Suas), do Ministério do Desenvolvimento Social.
O formato do vale foi elaborado pelas equipes dos ministros Waldez Goes (Integração e Desenvolvimento Regional), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Fernando Haddad (Fazenda). Serão atendidas as famílias de baixa renda e as que perderam suas residências.
Será anunciado ainda que famílias em estado de vulnerabilidade no Rio Grande do Sul serão incluídas na folha de pagamento do Bolsa Família, garantindo uma renda durante o período da calamidade pública e reconstrução do Estado. Lula também vai oficializar a criação do Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, que será comandado pelo ministro Paulo Pimenta.
Paulo Pimenta será o representante do governo federal no Estado para coordenar toda a atuação federal nas obras de reconstrução do Rio Grande do Sul. Em defesa da indicação, criticada por aliados do governador Eduardo Leite, assessores de Lula destacam que Paulo Pimenta é muito próximo ao presidente e será um elemento facilitador na liberação de verbas e montagem de projetos da reconstrução do Estado.
A escolha desagradou aliados do governador Eduardo Leite. O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) disse que a escolha foi um desrespeito ao governador do PSDB, que não foi consultado. Além disso, Aécio acusa o presidente Lula de politizar com a escolha de Paulo Pimenta, por ser um agente com interesses eleitorais no Rio Grande do Sul.
“Uma falta de respeito, o governador não foi avisado, ficou sabendo pela imprensa, e escolheram um adversário político dele. Tinha de ser um técnico, não um político”, disse o deputado federal.