Secom CONAFER
Depois de filiar os primeiros 53 agricultores familiares no Quênia, a CONAFER associou mais 100 novos pequenos produtores na África Central, em Ruanda, na região de Virunga. Todos os filiados africanos da Confederação estão ansiosos para receber os programas da entidade, principalmente o +Pecuária Brasil e o +Genética no Sertão, e assim poder melhorar a qualidade dos rebanhos de caprinos, ovinos e bovinos de suas regiões. A introdução de programas de melhoramento genético e tecnologias modernas na agricultura, juntamente com parcerias internacionais como a CONAFER, pode desempenhar um papel importante na transformação positiva da agricultura ruandesa, melhorando a qualidade de vida dos agricultores familiares e impulsionando o crescimento econômico do país
A região de Virunga, em Ruanda, fica próxima ao Congo, e é considerada uma região de grande importância para o país, com muitas comunidades de agricultores familiares. Ruanda é um dos menores países do continente africano e o mais densamente povoado, com dez milhões de habitantes.
Cerca de 90 por cento da população vive em zonas rurais, onde se pratica uma agricultura de subsistência. A economia nacional é pouco desenvolvida, sendo a agricultura responsável por empregar a maioria dos habitantes – 90% da força de trabalho. Os principais cultivos são: banana, mandioca, feijão, sorgo e, principalmente, chá e café, que são os produtos de exportação. Mesmo enfrentando desafios econômicos, a economia agrícola tem potencial para crescimento e desenvolvimento.
A CONAFER segue na internacionalização dos programas e serviços que a transformaram na marca agrofamiliar brasileira. Depois do Quênia e Ruanda, a ideia é seguir avançando com as filiações para o Burundi, o sul do Sudão, depois Uganda e Tanzânia. Com a chegada da CONAFER em território africano, abre-se a possibilidade real do início de uma mudança de paradigma na vida dos pequenos produtores africanos. Além de projetos de sustentabilidade para geração de ativos ambientais, o +Pecuária Brasil e o +Genética no Sertão vão chegar ao continente africano nas regiões de fazendas que precisam de melhoramento genético. Botswana é um destes lugares, que inclusive já demonstrou interesse em poder se relacionar com a CONAFER, e na sequência adquirir a genética bovina.
O consultor da CONAFER na África, Davi Molinari Fêo, tem mais de uma década dedicada a operações de inteligência na África, vivendo no leste africano entre 2008 e 2012. Este primeiro braço pecuário no leste africano é mais um caminho para uma CONAFER global. Segundo Davi Fêo, “praticamente a gente está desenhando uma atuação em dois países principais, seria o Quênia e a Ruanda, e a partir desses países a gente vai expandir o projeto para o Burundi, para o sul do Sudão, para a Uganda e para a Tanzânia. Isso abarcaria todo o leste da África, e aí projetamos expandir uma parte para o sul africano, onde temos excelentes contatos com os produtores locais, como por exemplo com Botswana, um país sem costa marítima, com uma paisagem definida pelo deserto Kalahari e pelo delta do Okavango”, finalizou Davi Fêo.
A África Oriental ou o leste africano é a parte da África banhada pelo Oceano Índico e inclui, não só os países costeiros e insulares, Comores, Djibuti, Eritreia, Etiópia, Quênia, Seicheles, Moçambique, Somália e Tanzânia, mas também alguns do interior, como Burundi, Ruanda e Uganda, além de Zimbabué, Zâmbia e Malawi.
No Quênia, o Condado de Nakuru teve as primeiras filiações da CONAFER
O Condado de Nakuru, situado no Quênia, é uma região de rápido crescimento e desenvolvimento. Com uma população estimada de mais de 2 milhões de habitantes em 2019, o Condado viu um significativo aumento populacional, crescendo a uma taxa anual de 3,2% desde 2009. As cidades mais populosas incluem Nakuru Town, com 307.990 habitantes, e Naivasha, com 181.966 habitantes, destacando-se também pela sua alta densidade populacional.
Situado a uma altitude média de 1.856 metros, Nakuru caracteriza-se por um clima temperado, com uma precipitação média anual de 1.000 mm e temperatura média anual de 18°C. A expansão da área total para 7.509 km² reflete sua diversidade geográfica, que vai de florestas montanhosas a savanas e zonas úmidas. O condado é lar de mais de 40 grupos étnicos, com predominância dos Kikuyu (43%), Kalenjin (31%) e Maasai (10%). A urbanização crescente é notável, com 44% da população residindo em áreas urbanas.
O PIB per capita alcançou US$1.700 em 2019, impulsionado por setores como agricultura, turismo, indústria e comércio. Contudo, desafios como pobreza, desigualdade, desemprego juvenil e degradação ambiental persistem, exigindo atenção e ações efetivas. A infraestrutura está em desenvolvimento, com investimentos em rodovias, ferrovias e no Aeroporto Internacional de Nakuru. O turismo, que contribui significativamente para o PIB, inclui atrações como o Parque Nacional do Lago Nakuru e a reserva Maasai Mara, entre outros. Os desafios para um turismo sustentável e o acesso à água potável e saneamento básico são pontos cruciais para o avanço do Condado.
A África Oriental ou o leste africano é a parte da África banhada pelo Oceano Índico e inclui, não só os países costeiros e insulares, Comores, Djibuti, Eritreia, Etiópia, Quênia, Seicheles, Moçambique, Somália e Tanzânia, mas também alguns do interior, como Burundi, Ruanda e Uganda, além de Zimbabué, Zâmbia e Malawi
Florestas, colinas e montanhas fornecem habitat natural para plantas, animais e pássaros, e também eram considerados lugares espirituais para adoração. Nakuru é um condado vibrante, com rica cultura e diversidade. Embora tenha experimentado crescimento econômico e expansão populacional, enfrenta desafios significativos que demandam soluções sustentáveis. A preservação de seus recursos naturais e culturais, juntamente com o desenvolvimento equitativo, são essenciais para seu futuro.
Existe uma grande demanda por inseminação artificial nas pequenas propriedades do leste africano. O sucesso do +Pecuária no Brasil atraiu o interesse de muitos produtores africanos, que estão na expectativa de conhecer o programa, e assim, desenvolver um projeto de melhoramento genético local tão bem-sucedido como no Brasil.