218 deputados federais e senadores se juntam a CONAFER para pautar ações em prol do meio rural”
José Carlos Bossolan
Na manhã desta quarta-feira (17/04), no Salão Nobre da Câmara do Deputados, foi lançada oficialmente a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Empreendedorismo Rural. Presidida pelo deputado federal, Fausto Pinato (PP/SP) e vice-presidência do senador, Chico Rodriguês (PSB/RR), a mesa oficial ainda contou com a presença do presidente da CONAFER, Carlos Lopes, Pedro Neto (representando o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro), do presidente do INCRA, César Aldrigui e da diretora da Embrapa, Celma Lira Beltrão.
Com transmissão ao vivo pela TV CONAFER e adesão de 212 parlamentares, a FMPDER nasceu da união de congressistas, deputados e senadores, comprometidos em apoiar e fomentar políticas públicas de estímulo ao empreendedorismo no meio rural, fortalecendo as capacidades produtivas e o desenvolvimento socioeconômico da maior força de trabalho do país, gerando trabalho e renda aos empreendedores do meio rural, crescimento das cadeias produtivas e forte impacto na macroeconomia global.
“Estamos aqui neste evento que tem um importância estratégica para o nosso país, da criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Agricultura Familiar, que faz parte do cotidiano de cada um de nós. Quero aqui cumprimentar o amigo Fausto Pinato, que se agiganta em criação, implantação de programas que tenham alcance nacional e hoje é mais um exemplo, quando nos convidou para assumir a vice-presidência dessa frente parlamentar, entendendo que esse seguimento têm uma importância estratégica como já falei. O nosso presidente da CONAFER, Carlos Lopes, que obviamente com sua visão em processo amplo, imperpectiva, enxergando o alcance que a instituição poderia ter, ele se agigantou na implantação da CONAFER e hoje, é uma referência de uma forma multifacetada em vários seguimentos em que atua. Então Carlos, parabéns, eu tenho certeza que sua iniciativa é reconhecida por todos e tenho certeza que com a criação desta frente vai ter uma conexão muito grande com a CONAFER” – destacou o senador, Chico Rodriguês.
Pedro Neto, secretário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento falou da importância do empreendedorismo rural para o país. Já Celma Beltrão, da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), reforçou a importância da criação da FMPDER, com o benefício direto de 40 milhões de produtores, com esforço de integração de pesquisa, assistência técnica e o conjuto de políticas públicas que possam minimizar os desafios que ainda restam, como acesso ao crédito, de tecnologias e oportunizar outras melhorias.
“Para falar na visão da CONAFER de empreendedorismo rural, a gente tem que iniciar falando que essa palavra já está em nosso DNA, pois CONAFER, significa Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil. Já trazemos em nosso DNA esse fenômeno de empreender. Hoje a CONAFER atende mais de 4.500 municípios, de forma direta através de Acordo de Cooperação Técnica, levando melhoramento genético aos pequenos produtores. Levando assistência médica, levando assistência previdenciária, levando assistência econômica, tecnologica, por que? É sabido por todos, que no Brasil existe várias culturas de negócios. Existe várias culturas de trabalho e existe várias culturas de povos. Vale salientar que o Brasil recebe uma carga de alimentar, uma responsabilidade de alimentar mais de 6 bilhões de vidas no mundo. O Brasil é um país de 230 milhões de habitantes. Esse Brasil que está aqui hoje, este Brasil que busca empreender, que busca este protagonismo para discutir empreendedorismo. O que é empreender se não sonhar e realizar? Não empreende somente aquele que sonha, não empreende aquele que realiza sem sonhar, porque o que realiza sem sonhar não muda, apenas realiza e vice versa. Hoje precisamos neste país, a busca de realização de nova economia, de novas frentes e trabalhos, de assentamento nosso no mundo. Como iremos realizar isso, se não aceitarmos que temos 14 milhões que são povos de florestas, se não aceitarmos que tem 72 milhões de brasileiros que são povos rurais e o resto de povos urbanos. Como não convergir dessa realidades, como não consiliar essas realidades. Essas realidades não se disputam. Essas realidades se merecem. Aqui nesta frente de hoje meu presidente Pinato, meu vice-presidente, Chico, eu falo da responsabilidade de 218 mandatos que assinaram a constituição desta frente, representa centenas de milhões de esperanças. Eles têm que dar a resposta para um Brasil como um todo. A frente foi criada por todo o Brasil, por que foi criada pelos nossos representantes, que são os nosso congressistas. Temos de parar de aceitar que desgaste e destrua aquilo que temos de bom. Eu acredito em nossa política, eu acredito em nossos políticos. Estamos aqui com a responsabilidade de empreender, de transformar um agricultor que tem um grupo familiar de 4 pessoas, 5 hectares de terra, que além de produzir para a subsistência, de colocar alimento no mundo, a gente precisa colocar oportunidade no mundo, Fausto. A gente precisa dizer para o mundo que o Brasil sim é o país da oportunidade, por que aqui merecemos não, iremos fazer acontecer neste país. Aqui não cederemos ou transferiremos a responsabilidade de todos os brasileiros a nenhum outro povo ou país. Somos brasileiros originais, somos brasileiros autênticos, filhos de pretos, de índios, esse é o brasileiro real. E é esse brasileiro que vamos encinar ele a empreender, levar a ele as oportunidades, Oportunidades de acesso a tecnologias, de acesso a créditos, de uma assistência técnica que funcione, que capacite, que entenda, que escuta, que realize. Hoje o +Pecuária não leva o melhoramento genético, ele leva o bezerro, foi assim que fizemos o maior programa de melhoramento genético do mundo, acontecendo simultaneamente em 4.500 municípios, com mais de 37 mil bezerros nascidos, com mais de 92 mil vacas prenhas confirmadas. Esses animais irão empreender nessas propriedades. Hoje nós temos povos indígenas que tem total capacidade de se assumir e se representar economicamente no mundo, desde que nós Brasil, quebremos essas correntes de tutela, que nada nos trazem de ganhos, apenas nos amarram aos porões de escravos no qual não fizemos parte. Todos nós aqui trazemos uns aos outros a esperança e a fé naquilo que nos representa de mudar as nossas realidades. E com esse compromisso, que eu venho aqui nesta tribuna fazer dois pedidos a nossa frente e aos nossos signatários. Falam-se muito em economia verde, falam-se muito em crédito de carbono, falam-se muito em preservação ambiental, mais esquecem que as vidas que as fazem são nossos camponeses, que o mundo que cobra, é o mundo que polui. Peço a esse Congresso que apresente Projeto de Lei, onde seja responsabilidades aos usuários de modais, transporte aério, viário, de uma taxa e compense os produtores do campo, para não alegar que não fazem por falta de dinheiro. Por que somente o campo é responsabilidade para presenvar. Eu ando de avião, eu poderia pagar a taxa de minha passagem, pelo custo. Por que não fazer dinheiro novo para fazer sustentabilidade neste país? Fica a proposta, é uma saída. Melhor dividir responsabilidade, do que sobrecarregar um indivíduo na história desse país. O segundo pedido, é que esse Congresso passasse a discutir o sistema S da agricultura familiar. Tá aqui vários diretores de autarquias que tem a maior vontade de realizar neste país, porém não tem orçamento. Vivemos a margem do estrangulamento fiscal, em todo ano de exercício fiscal desse país. Quem sabe o que estou falando entende. Sem orçamento, como vamos empreender, como vamos desenvolver, oportunizar, se não temos orçamento. Vamos securitizar uma parcela daquilo que já é exigente neste país, não no foco de 72 milhões de brasileiros. Vamos criar o sistema S da agricultura familiar, assim teremos autonomia de continuar empreendendo” – discursou Carlos Lopes.
Com a presença de vários representantes agrofamiliares, de órgãos governamentais, de parlamentares, representantes de outros paises, como Alemanha, Costa do Marfin, Finlãndia, Haiti, União Européia, o último a fazer uso da palavra foi o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Empreendedorismo Rural, Fausto Pinato.
“Quem espera do deputado Pinato, ideologia, vai sair decepcionado daqui. Eu venho de um tempo, sou do interior do Estado de São Paulo, onde eu sou neto de um grande agropecuarista. E outro neto, de mecânico de trator. Fui criado de um lado de uma família rica e do outro lado uma família pobre. Como ouvi tanto aquele que plantava, que criava muito gado, plantava muita roça naquela época, como aqueles que tinham pequenos biomas, pequenas propriedades, que plantam até hoje limão, tomate, então talvez por esta minha formação, eu não consigo entender por que tanta divisão. Uma divisão entre o pequeno, entre o grande. Uma divisão que vem de uma retórica, que veio desde que começou o governo da esquerda, aí entra extrema direita, onde estão perdendo a racionalidade e o poder do diálogo. Onde não tem diálogo, não tem construção. Viemos de uma esquerda que tem de se modernizar rápido, e de uma extrema direita que de certa forma precisa ser segurada, porque, dentro do meu coração, cabe ao vermelho, o vermelho que represente o sangue do trabalhador. Cabe um estrela branca, que a estrela não seja uma pessoa, mas o povo brasileiro. Cabe também a bandeira verde e amarela. Verde e amarela, mais com a Constituição debaixo do braço, onde se defenda a democracia e respeita quem ganha no voto e não ao golpe. E muitos se esquecem, que a bandeira do Brasil predominantemente, ela é verde e amarela, mais esquece que ela é formada de azul e branco e tem uma palavra chamada – Ordem e Progresso, então entre essas cores, eu fico com o azul e o branco e a Ordem e Progresso, que em algum momento deste parlamento, terem deputados que parem de servir de guarda-chuvas ideológicos, que possam sair um pouco da turma da confusão, sejam de esquerda ou de direita, que sirvam de solução, para que possamos fazer pontes e construções de plataformas que vamos avançar em nosso país. Da mesma forma, a escolha do presidente Chico Rodriguês foi estratégica, por que num time a gente tem de ter o atacante, o zagueiro, tem que ter aquele que arrisca mais, que é o caso meu e o cara que dá o contrafreio, e o Chico Rodriguês, pela experiência, pela amizade, de um estado carente de onde vem e eu venho do maior estado do Brasil, onde nós possamos trocar experiência Chico, e você é o grande conselheiro. Na verdade, o presidente desta frente deveria ser você, pela sua experiência, por tudo e eu agradeço a confiança, o carinho e o respeito. E você sabe que eu venho do tempo que tem de apagar a luz para dormir e fechar a água para não gastar e respeitar a pai, mãe e os mais velhos e eu respeito os mais velhos e eu te respeito, Muito obrigado pela confiança de estarmos aqui juntos e pode ter certeza, onde eu coloco a mão, a coisa vai. Não tenho medo nenhum de entrar em embate com esquerda ou extrema direita. Aliás eu sou especialista nestes tipos de caso aqui, acho que um dos poucos que tem essa coragem. Por outra forma, eu peço a vocês, que possamos de certa forma criar propostas, que possamos avançar e não criar mais polêmicas. Queria fazer um agradecimento especial a uma pessoa que eu conheci a pouco tempo, que é o Carlos e em seu nome a toda equipe e família CONAFER, que me trouxe um pouco de esperança. Quando eu falei com uma pessoa que tem descendência indígena, mais consegue falar, dar palestra em COP, consegue entender, ter ideias de projeto de lei, eu persebi, é possível. É possívelo neste país, conviver o grande, o pequeno, conviver o fazendeiro, conviver o índio, sem briga, com menos guerra. Com menos plataformas ideológicas, que está deixando este país louco. Todo mundo tem um pouco de razão e todo mundo tem um pouco de não razão e estamos ficando cegos. Então nós temos essa missão doutor Carlos, de construir e eu estou muito mais ousado, do nome dessa frente de empreendedorismo rural é por que vamos falar a realidade. O nosso país, e aqui não estamos para colocar culpado, em algum momento da história errou. Nós estamos com dificuldade na industrialização desse país. A palavra de hoje é reendustrialização e nós temos uma coisa que foi dada que é a natureza, que tudo que se planta dá, se colhe, se cria e se consegue fazer. Não precisamos desmatar mais, usamos muito pouco do que já foi desmatado. O que nós precisamos é parar de demagogia, ter mais massa encefálica. Eu não entendo esse negócio de Israel e Árabe, de brigar com chines por causa de comunismo, eu sou pragmático, o grande agronegócio, brigar com a chine, teve que brigar com o ex-presidente da República, mais quem deixou-os bem ricos foi a China. Falta massa encefálica, se fala em liberdade, tenta dar o golpe. Por outro lado, um governo que já está 5 mandatos a frente da Presidência da República, ainda nós temos de ficar com o caso de invasão de terras. Desanimei, isso é um absurdo, criar narrativas para manter militância viva, é enganar o povo. E nós estamos aqui para ser pragmáticos e trabalhar para o bem do nosso país. Hoje nós sabemos que se fala de reforma agrária, se fala disso e daquilo, e nós sabemos que para tocar uma propriedade nós precisamos ter recurso, dinheiro, garantia de compra. Eu não consigo entender, se um dia, sei lá, acontecesse uma coisa maior comigo, eu com certeza se tivesse um Ministério que ia ficar embaixo do meu guarda-chuva não era o Ministério da Casa Civil que não ia ter autonomia, mas o Ministério da Agricultura. Por que a identidade que Deus nos deu, nos faz muito fácil para ser o grande exportador de alimento do mundo e a pauta é segurança alimentar. Nos faz necessário, junto com o Ministério do Meio Ambiente, criar uma alternativa para o mundo. É muito fácil o mundo inteiro ficar apontando para o Brasil, não pode desmatar e não pode mesmo, mas todos eles desmataram. Se desenvolveram, e hoje enxergaram os danos que já causaram e estão causando, e o Brasil é a ultima reserva de bioma, que pode equilibrar o sistema. Mas para isso alguém precisa pagar a conta. Agora o Governo brasileiro está perdido. Esse negócio de crédito de carbono não vai dar certo, sabe por que? Por que o cara que cria gado vai ter que pagar e o brasileiro não aguenta mais pagar a conta. O que nós precisamos é criar um fundo de pensão mundial” – disse o deputado Fausto Pinato.
Segundo o deputado, é preciso aporte financeiro do exterior, para que ocorra a preservação ambiental no Brasil. Fasuto Pinato, disse que o Brasil precisa de maiores depósitos para armazenar a produção, e industrializar a produção nacional. Também é necessário maior diálogo entre setores produtivos da agricultura, para que haja maior desenvolvimento tanto do agronegócio como dos pequenos.
Assista o lançamento na integra TV CONAFER