Assessoria de Comunicação
A Secretaria Municipal de Saúde de Pereira Barreto, através do Serviço de Educação Permanente, realizou na última quinta-feira, dia 17, o Fórum Regional de Enfrentamento à Leishmaniose Visceral com o tema “Entender para Combater!”. O momento contou com grande participação de profissionais do município e de cidades da região.
O grande número de inscritos transferiu o evento, inicialmente marcado para acontecer na Casa da Cultura, para a Primeira Igreja Batista devido ao espaço mais amplo para melhor acomodar à todos. O credenciamento aconteceu às 7h30 com um café da manhã. Logo em seguida, tiveram início as palestras que seguiram até cerca de 16h, levando muita informação e troca de experiências vividas para todos. Por fim, os participantes puderam fazer perguntas aos palestrantes sobre possíveis dúvidas a serem esclarecidas.
A Leishmaniose Visceral é um problema grave que tem sido alvo de grande atenção do setor de saúde devido ao expressivo número de contaminação tanto em cães como em humanos em Pereira Barreto. No ano de 2021, uma pessoa morreu vítima da doença no município e outras três vieram a óbito no ano de 2022, incluindo uma criança de apenas três anos de idade.
Durante o Fórum, os palestrantes falaram sobre contaminação, tratamento, exames além de ações que já foram realizadas em outros municípios e tem apresentado bons resultados no combate da doença. Dentre eles, a dra. Vera Lúcia F. de Camargo Neves, pesquisadora Científica do Instituto Pasteur de São Paulo, coordenadora do Grupo Técnico de Epidemiologia do Instituto Pasteur de São Paulo, apresentou o sucesso no Controle da Leishmaniose Visceral Canina por meio de aplicação de coleiras impregnadas.
O sistema, que já é utilizado em alguns municípios, também está em estudo pela Secretaria de Saúde de Pereira Barreto para que possa ser implantado na cidade como forma de controle da doença. A coleira antiparasitária possui em sua composição a Deltametrina 4% e é indicada para proteger os cães contra os vetores da leishmaniose. Em contato com o cão, ela libera essas substâncias primeiro no pescoço, que logo depois se espalha ao longo de todo o corpo do animal. Com isso, se forma uma espécie de capa protetora por toda a pelagem.
Palestras
- Cenário Epidemiológico Municipal – Rafaela Souza, enfermeira Responsável Técnica Vigilância Epidemiológica Pereira Barreto.
- Educação em Saúde como prática de ações para o controle para Leishmaniose Visceral – Tânia Mara Tomiko Suto – mestre em ciência animal – Agente Técnico de Saúde – Vigilância e Controle de Vetores Estadual – Araçatuba .
- Cenário Epidemiológico de Leishmaniose Visceral no Estado de São Paulo e região do GVE Araçatuba – dra. Roberta Maria Fernandes Spinola Médica Veterinária, Diretora Técnica em Saúde da Divisão de Doenças de Transmissão por Vetores Zoonoses e CVE/CCD/SES-São Paulo.
- Bioecologia de Flebotomíneos e Manejo Ambiental – dra. Lílian Aparecida Colebrusco Rodas – Pesquisadora Científica – Instituto Pasteur Araçatuba.
- Diagnóstico Laboratorial da Leishmaniose Visceral Canina e Humana – dra. Juliana Galera Castilho Kawai – Pesquisadora Científica – Instituto Adolfo Lutz – Araçatuba.
- Abordagem Diagnóstica e Tratamento da Leishmaniose Visceral Humana – dr. José Angelo Lauletta Lindoso – Médico Infectologista – Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
- Sucesso no Controle da Leishmaniose Visceral Canina por meio de aplicação de coleiras impregnadas – dra. Vera Lúcia F. de Camargo Neves – Pesquisadora Científica – Instituto Pasteur de São Paulo, Coordenadora do Grupo Técnico de Epidemiologia do Instituto Pasteur de São Paulo.