Lula recebe apoio do PDT de Ciro e Cidadania; Bolsonaro é escolhido por Garcia e Zema

“Dois dias após a votação do primeiro turno, forças políticas se movimentam para alinhar as posições para a disputa final”

G1

Esta terça-feira (4), dois dias após a votação do 1º turno, tem sido de intensas movimentações das forças políticas sobre os alinhamentos para o 2º turno da eleição presidencial. O candidato do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu o apoio formal do PDT de Ciro Gomes (3.599.287 votos) e do Cidadania que esteve no palanque de Simone Tebet.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, foi escolhido pelo governador reeleito Romeu Zema (Novo-MG) e pelo governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), que não chegou ao segundo turno da disputa pelo estado. O ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) vão disputar o segundo turno das eleições. Lula recebeu 57,2 milhões de votos (48,4%), e Bolsonaro, 51,07 milhões de votos (43,2%).

Ainda está prevista reunião da executiva nacional do PSDB na tarde desta terça-feira, que no primeiro turno estava na campanha de Simone Tebet (MDB).

PDT e Cidadania

O anúncio do PDT veio após reunião da Executiva do partido no final da manhã desta terça. No primeiro turno, o PDT teve o ex-governador do Ceará Ciro Gomes como candidato à Presidência da República. Ele ficou em quarto lugar, com 3,5 milhões de votos (3%). “Uma hora e meia de reunião com toda a Executiva Nacional do partido, mais os presidentes estaduais, os presidentes de movimentos, os deputados federais de mandato, senadores. E tomamos uma decisão unânime, sem nenhum voto contrário, a decisão de apoiar o mais próximo da gente, que é a candidatura do Lula”, afirmou o presidente do PDT, Carlos Lupi.

“Bolsonaro, na nossa opinião, representa o atraso do atraso do atraso desse país, um aspirante a ditador, malversador do dinheiro público, um homem da falsa fé cristã”, disse Lupi. “Nosso trabalho para derrotar Bolsonaro tem que ser a prioridade absoluta. Derrotar Bolsonaro é uma causa nacional, uma causa da pátria, uma causa dos democratas”, completou.

A decisão do Cidadania de apoiar o candidato petista foi tomada em uma reunião da Executiva do partido “Decidiu pelo apoio ao candidato do PT no segundo turno. Uma decisão que foi quase por unanimidade. Tivemos 3 votos defendendo neutralidade. Unanimidade contra Bolsonaro”, declarou Roberto Freire, presidente da legenda, que já havia declarado apoio pessoal à Lula na última segunda-feira (3).

Zema e Rodrigo

Romeu Zema, reeleito em primeiro turno com 56,18% dos votos válidos, anunciou o apoio a Bolsonaro após uma reunião com o presidente no Palácio da Alvorada, em Brasília. Braga Netto, candidato a vice na chapa do PL, também participou do encontro. “Não poderia também deixar neste momento de estarmos aqui, colocando as nossas divergências de lado, eu sempre dialoguei com o presidente Bolsonaro. Sabemos que em muitas coisas convergirmos e em outras, não. Mas é o momento em que o Brasil precisa caminhar para frente, e eu acredito muito mais na proposta do presidente Bolsonaro do que na proposta do adversário [Lula]”, afirmou Zema

Ele declarou ter herdado uma “tragédia” do governo petista de Fernando Pimentel em Minas Gerais e que esse foi um dos motivos que o levou a Brasília para declarar apoio ao candidato do PL. Rodrigo Garcia se quer falou com representantes do PT. Segundo pessoas próximas, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia está magoado, devido a campanha do petista Fernando Haddad tem explorado a imagem de seu irmão, envolvido na chamada “máfia dos Fiscais”, que deduzia cobrança de impostos devidos de ISS (Imposto Sobre Serviços), junto à Prefeitura de São Paulo, em troca de propina.

O candidato ao Governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas e aliado de Bolsonaro, refutou o apoio do tucano em seu palanque – “Eu preguei mudança o tempo todo, não faz sentido agora estar com eles no palanque. Agora, entendo que eles têm capilaridades, têm boas políticas que precisam ser preservadas. Entendo que eles possam ter papel fundamental na eleição do presidente, mas eu vou seguir na linha que eu me comprometi com o estado de SP, preservando o bom legado e transformando naquelas áreas em que a gente precisa de transformação”, disse Tarcísio,