“2º trimestre gerou arrecadação de R$ 59,3 bilhões a companhia”
José Carlos Bossolan
Nesta quinta-feira (28/07) a Petrobras informou seus acionistas que foram registrados o lucro líquido de R$ 54,3 bilhões no segundo trimestre de 2022. O acumulado do ano já chega a mais de R$ 97,6 bilhões com a somatória dos resultados anunciados em maio (R$ 43,3 bilhões), ou um um rendimento superior a 20% em relação ao período anterior.
A redução dos impostos estaduais implementados pelo Governo Federal e apoiado pela maioria dos estados até 31 de dezembro, não afetaram os ganhos da companhia de exploração e venda de petróleo e seus derivados. Segundo relatório da Petrobras, houve aumento de 4,7% na venda do diesel no 2º trimestre de 2022, principalmente devido à sazonalidade de consumo, em função da redução da atividade econômica típica do início do ano e do início da colheita agrícola da segunda safra de milho a partir de junho.
A companhia também anunciou que em 10 de maio foi concretizada a venda do Polo do Recôncavo (BA), mas sem citar valores da negociação para uma empresa carioca, criada em 2015 – “a venda da participação do Polo Recôncavo, localizado no Estado da Bahia, para a 3R Candeias S.A., anteriormente denominada Ouro Preto Energia Onshore S.A., subsidiária integral da 3R Petroleum Óleo e Gás S.A. Este polo compreende quatorze campos terrestres, cuja produção média conjunta, de janeiro a abril de 2022, foi de, aproximadamente, 1,3 mil bpd de óleo e 444 mil m³/dia de gás natural” – anunciou a Petrobras.
A produção de asfalto também impulsionou os lucros da estatal – “Em consonância com maior demanda do mercado, a produção de asfaltos do 2T22 foi 33% maior que o 2T21, com destaque para o mês de maio quando vendemos 200 mil t de asfaltos, 43% acima do registrado no mês de maio/2021, e apresentou recorde histórico de faturamento líquido impulsionado pelos maiores preços de ligantes asfálticos no mercado mundial”.
No relatório de produção e vendas, a Petrobras informa que no 2º trimestre deste ano, dos 213 mil barris de óleo combustíveis produzidos por dia, a venda para o mercado interno foi de apenas 30 mil barris por dia (18% da produção diária). Já a gasolina teve queda de 6,6% das vendas – “As vendas de gasolina no 2T22 registraram queda de 6,6% em relação ao 1T22, principalmente em razão do início da safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul e consequente aumento da oferta de etanol e perda de participação de mercado da gasolina no abastecimento dos veículos flex-fuel”.
A exportação líquida no 2º Trimestre/22 aumentou 5,1% em relação ao 1T22, em função da maior exportação de derivados, principalmente nafta, gasolina e óleo combustível, e da menor importação de petróleo. “A exportação de petróleo, em contrapartida, foi menor no 2T22, em função da menor produção de óleo, da maior carga das refinarias, maiores vendas de óleo no mercado interno e da menor realização de exportações em andamento no 2T22 em comparação com o 1T22”.