“vereador está preocupado se qualidade da água tem interferido na proliferação da doença”
José Carlos Bossolan
O vereador Adilson da Silva Santos, apresentou 2 requerimentos nesta sexta-feira (11/03), pedindo informações sobre às análises da água oferecida para o consumo humano em Castilho e a quantidade de óbitos decorrentes de câncer no período compreendido entre os anos 2000 até os dias atuais.
Adilson Santos requisitou a análise da água realizada pela Vigilância Sanitária do município a cada mês, desde o ano 2000 até a presente data, assim como se o órgão tomou conhecimento dos índices acima do permitido detectados de substância como o Cromo e Nitrato, que podem potencializar o câncer.
“A situação é extremamente preocupante. Queremos entender o que aconteceu, pois se os munícipes de Castilho por determinado período ingeriram água com algum tipo de contaminação, deveriam ter sido avisados. Estaremos analisando às informações, cruzando os dados para saber se a quantidade de pessoas diagnosticadas com câncer no município teve maior incidência no período anterior a concessão da água ou após este período, ainda mais com a divulgação dessas informações de existência de Cromo e Nitrato em concentração acima do permitido ter passado desapercebido, diante da gravidade que tais substâncias podem gerar de dano é inadmissível”- analisou o vereador Adilson Santos.
O vereador também questionou se a Vigilância Sanitária de Castilho chegou a notificar a concessionária Águas Castilho pela concentração de Nitrato e Cromo na água fornecida aos munícipes e se o órgão de fiscalização adotou alguma medida sobre o caso. A Ong Repórter Brasil divulgou relatório na segunda-feira (07/03), apontam que a água fornecida nas torneiras dos domicílios de Castilho, contém substancias ofensivas a saúde. Quando essas substâncias estão acima do limite, a água é considerada imprópria para o consumo.
Na terça-feira (08/03), O Foco reproduziu o conteúdo. Nesses casos de substâncias acima do permitido, as instituições de abastecimento deveriam informar a população sobre o problema, assim como sobre as medidas tomadas para resolvê-lo. As “substâncias com os maiores riscos de gerar doenças crônicas, como câncer” são as que têm maior evidência de risco à saúde. Elas são listadas como “reconhecidamente” ou “provavelmente” cancerígenas, disruptoras endócrinas (que desencadeiam problemas hormonais) ou causadoras de mutação genética. Essas classificações de risco são da Organização Mundial da Saúde ou das agências regulatórias da União Europeia, Estados Unidos, Canadá e Austrália.
Já o segundo grupo “substâncias que geram riscos à saúde” reúne todas as outras que também oferecem risco, segundo a literatura internacional e o Ministério da Saúde. Entre elas estão as “possivelmente” cancerígenas”, além das que podem causar doenças renais, cardíacas, respiratórias e alteração no sistema nervoso central e periférico.
Os critérios para fixar os limites de segurança para cada substância na água são do Ministério da Saúde, assim como a lista de substâncias que devem ser testadas na água de 2 a 4 vezes por ano. Segundo a publicação, nas torneiras de Andradina e Castilho, foram detectados o Cromo e Nitrato acima dos limites de segurança permitido, cujas substâncias oferecem maior risco de gerar doenças crônicas, como o câncer.
Adilson Santos também requereu informações do Cartório de Registros do município, dos casos de óbito tendo causas mortis o câncer (sob sigilo), de janeiro de 2000 até 2010 e de janeiro de 2011 até a presente data.