BIOECONOMIA AZUL: a CONAFER incentiva novas tecnologias que garantem sustentabilidade aos ecossistemas de rios e mares

Secom CONAFER

Uso de Inteligência Artificial (IA), robótica e impressão 3D permitem a exploração e o monitoramento da biodiversidade marinha, auxiliando a exploração sustentável dos recursos e prevenindo a extinção de cadeias alimentares fundamentais para a vida de todo o planeta. E como isto impacta a agricultura familiar? Quando existe um controle e proteção do meio aquático, o segmento agrofamiliar pode aumentar sua produção e geração de renda. Ribeirinhos da Amazônia e pescadores do mar, por exemplo, não precisam recorrer ao extrativismo todas as vezes que a pesca é inviabilizada pela poluição ou a morte prematura de espécies. O futuro é definido agora, por isso a CONAFER quer atuar na defesa da bioeconomia azul, tanto na proteção do meio ambiente, como para melhorar as condições socioeconômicas dos produtores das águas. Para isso, é necessário levar capacitação aos produtores locais, promover o empreendedorismo sustentável e desenvolver bioindústrias, por meio de laboratórios criativos e linhas de produção

Estrategicamente e economicamente, o mar é vital para o Brasil, onde, segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex), ocorrem 95% das exportações e 90% das importações, e que teve um superávit de U$ 61 bilhões na corrente de comércio (o valor das exportações subtraído das importações realizadas durante o ano), em 2021.

Com capacidade para gerar milhares de empregos, a atividade pesqueira é, além de uma importante fonte de alimentos, um potencial que tem muito ainda a ser explorado. Embora, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o setor tenha sofrido uma queda de produtividade de 6,5% durante a pandemia, estima-se sua rápida recuperação, com o aumento do consumo em até um quilo por pessoa até 2030, o que representaria, no Brasil, segundo o Ministério da agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), cerca de 10 kg por pessoa.

No Brasil, a aquicultura representa o principal vetor da produção de pescados e extrativismo marinho, com o cultivo de espécies em propriedades rurais no litoral e em águas interiores. É neste contexto que a aplicação de novas tecnologias e soluções de bioengenharia se tornam mais relevantes, ao permitir que a exploração desses recursos se dê com o mínimo de impacto possível sobre o ecossistema, evitando a extinção de espécies importantes e mitigando os danos.

O desafio consiste em garantir a proteção dessa importante fonte de alimentação e renda, devido ao alto custo no pagamento do grande número de funcionários guarda-parques marinhos e equipamentos de navegação, necessários à proteção dessas áreas. As novas tecnologias, que incluem sensores, drones, robôs e inteligência artificial (IA), são capazes de usar informações em tempo real sobre as condições oceânicas e as operações humanas, permitindo respostas e soluções mais rápidas e eficazes.

O uso da internet das coisas (IOT) associado às ferramentas 3D, como impressoras e softwares de realidade aumentada e realidade virtual, pode potencializar o desenvolvimento da bioeconomia azul, permitindo um monitoramento maior sobre o impacto das atividades, além de garantir a exploração sustentável dessa biodiversidade, agregando mais valor aos produtos pesqueiros e empoderando os pequenos produtores locais.

A aplicação de novas tecnologias somada a união do conhecimento científico e dos saberes das comunidades tradicionais, podem proporcionar um crescimento econômico significativo para o país, tanto no desenvolvimento de novos produtos e culturas, quanto na manutenção da biodiversidade por meio da renovação das espécies. Para isso, é necessário levar capacitação aos produtores locais, promover o empreendedorismo sustentável e desenvolver bioindústrias, por meio de laboratórios criativos e linhas de produção.

A CONAFER acredita que integrar os pescadores, ribeirinhos e pequenos produtores da pesca artesanal de todo o país às novas tecnologias, por meio de acesso a linhas de crédito para investimento e custeios de produção, é assumir um compromisso com as gerações futuras e com as comunidades que dependem do mar e dos rios para sua subsistência.

Por meio de suas Secretarias de Aquicultura e Pesca, Empreendedorismo Rural e Agroecologia, a instituição tem fechado acordos de cooperação com instituições financeiras, de ensino e órgãos governamentais, para levar suporte técnico aos produtores, integrando suas atividades às exigências da bioeconomia azul.

Informações sobre as linhas de crédito do Pronaf podem ser obtidas pelos contatos do AgroConafer: Whatsapp (61) 99806-8041, ou telefone (61) 4042-8297.