João Doria se inscreve para prévia do PSDB e novamente pretende abandonar mandato

“tucano foi eleito prefeito de São Paulo e governador do estado em 4 anos”

José Carlos Bossolan

O PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) deverá contar com ao menos 4 pré-candidatos às prévias do partido para a disputa da presidência da República em 2022. A prévia está prevista para 21 de novembro.

Nesta segunda-feira (20/09), ao menos 4 pré-postulantes ao cargo de residente no Palácio do Planalto se inscreveram para às prévias do partido. O senador Tasso Jereissati (CE), o ex-senador Arthur Virgílio (AM), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite e o governador de São Paulo, João Doria fizeram suas inscrições.

Jereissati e Virgílio, gozam de maior prestígio em no nordeste e norte do país, enquanto os governadores no sul e sudeste. Eduardo Leite é o mais novo dos inscritos, com apenas 36 anos. Já Doria, “favorito” tem 63 anos. Pesa contra o governador João Doria o fato de o mesmo em sua “curta carreira política”, não cumprir se quer integralmente um único mandato que foi eleito. Em 2016, ao obter 3.085.187 votos (53,29%), João Doria prometeu que cumpriria seu mandato de prefeito de São Paulo, mas em 6 de abril de 2018, o então prefeito deixou a Prefeitura da capital paulista para disputar o governo do estado.

No primeiro turno, mesmo tendo cumprido apenas ¼ de suas promessas de campanha ao chegar à Prefeitura, o tucano obteve 6.431.555 votos (31,77%), vindo a disputar o segundo turno contra o ex-governador Márcio França. No segundo turno, Doria venceu Márcio França (era chamado de comunista) por uma diferença de 741.610 votos, após “surfar na onda” do então candidato Jair Bolsonaro com a jogada de marketing “BolsoDoria”, meses depois rompendo com o presidente da República e agora se torna o maior opositor, não em intenção de votos, já que institutos de pesquisa apontam um possível confronto polarizado entre Bolsonaro e Lula.

Novamente João Doria almeja um cargo de maior expressão, sem antes cumprir aquele que a população paulistana e paulista lhe confiou. Agora deve “abandonar” o cargo ao vice-governador, Rodrigo Garcia, assim como vez em favor de Bruno Covas, fato também praticado pelo hoje senador José Serra e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.

Em 21 de novembro, resta saber quem será o “queridinho” do partido para disputar a presidência do Brasil, hoje entre Jereissati, Virgílio, Leite e Doria, ou se o partido comporá outro cargo em eventual disputa, cedendo o vice, como declarado como uma possibilidade pelo presidente nacional da agremiação, Bruno Araújo em julho, em entrevista ao O Globo.