“Proposta foi aprovada pela Alesp em dezembro de 2022 e tinha como objetivo garantir a distribuição gratuita de absorventes em escolas, no sistema prisional e para pessoas situação de vulnerabilidade”
G1
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vetou totalmente o projeto de lei que previa a distribuição gratuita de absorventes em escolas, no sistema prisional, e para pessoas em situação de rua e de extrema pobreza. Além de ampliar o acesso ao absorvente, o Projeto de Lei tinha como objetivo definir diretrizes para a política pública “Menstruação Sem Tabu”, com ações de conscientização sobre a menstruação e combate à pobreza menstrual.
O PL, de autoria das deputadas delegada Graciela (PL), Janaina Paschoal (PRTB), Beth Sahão (PT), Edna Macedo (Republicanos), Leci Brandão (PCdoB), Marina Helou (Rede) e Patrícia Gama (PSDB), foi aprovada em dezembro de 2022 pela Assembleia Legislativa. No justificativa do veto, publicado no Diário Oficial na terça-feira (7), a gestão de Tarcísio cita o “Programa Dignidade Íntima”, que prevê a distribuição de absorventes, coletores menstruais, lenços umedecidos sem perfume e sacos para descarte de absorvente, e alega que o estado já tem “sólida política pública estadual referente à superação da pobreza menstrual, que inclui o acesso aos insumos necessários, como absorventes higiênicos, assim como às informações sobre o ciclo menstrual”.
O texto ainda afirma que os itens de higiene íntima já são distribuídos no sistema prisional feminino e nas unidades de internação de jovens e adolescentes paulistas. O governador ainda afirma que o PL “impõe comandos ao Poder Público” para determinar “o que fazer e como fazer”, o que justificaria a sua inconstitucionalidade.