Secretaria de Agricultura lança Programa Cacau SP no Vale do Ribeira

Cultivo em áreas de agroflorestas e em sistemas integrados ganha novo impulso com o desenvolvimento das ações do programa estadual

Assessoria de Comunicação/SAA

Impulsionar a economia local e desenvolver ainda mais a cadeia produtiva da cacauicultura. Esse é o objetivo do Programa Cacau SP no Vale do Ribeira, lançado nesta quarta-feira (10/04), pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).

Em uma ação coordenada com parceiros de entidades ligadas ao segmento e da iniciativa privada, o encontro, que aconteceu na APTA Regional de Pariquera-Açu, reuniu representantes governamentais, profissionais do campo e produtores rurais. Para o secretário executivo de Agricultura, Edson Fernandes, a escolha da região ocorreu, principalmente, pelas características naturais do Vale do Ribeira.

“Nós precisamos ocupar essas áreas com uma alternativa de renda viável para os produtores rurais e alavancar ainda mais a produção nacional para retomar a liderança mundial. Temos, aproximadamente, 500 hectares de cacau plantados e podemos chegar a 1500 hectares no Vale. Ainda temos todas as condições climáticas favoráveis”, ressaltou o secretário executivo, Edson Fernandes.

O cultivo do cacau em áreas de agroflorestas e em sistemas integrados de produção, principalmente com a cultura da banana, uma das maiores atividades agrícolas dos municípios do Vale do Ribeira, ganha um novo impulso, com o desenvolvimento das ações do programa estadual.


Vale destacar que a região apresenta clima quente e úmido na maior parte do ano e concentra a maior área contínua de remanescentes de Mata Atlântica do Estado de São Paulo, o que favorece a expansão da cultura do cacau, uma vez que dispensa o uso de irrigação. “O cacau hoje na região tem uma vocação própria, devido a sustentabilidade. A gente tem um mercado promissor para o consumo do cacau e aliado a isso temos duas importantes instituições – Apta e Cati -, com transferência  de conhecimentos e difusão de tecnologias. E com a nossa experiência e interesse do produtor,  conseguimos atender as demandas desta cadeia que está crescendo muito”, destaca o coordenador da Apta Carlos Nabil Ghobril.

A iniciativa é fruto de um trabalho intenso da extensão rural, por meio da CATI Regional São José do Rio Preto, e da pesquisa, com investimento em tecnologia, conhecimento e prática, lado a lado com os produtores paulistas. “Desde 2014, quando iniciamos os trabalhos com a cultura do cacau na região de São José do Rio Preto, identificamos o grande potencial da cultura como opção viável e rentável para a diversificação de atividades em diversas regiões do estado”, destacou o coordenador da CATI, Ricardo Domingos Luiz Pereira.

Para a diretora da CATI Regional Registro, Tais Cristina Canola, a cacauicultura abre portas para novas alternativas e diversificação de produção para a região. “Como órgão responsável pelas ações de assistência técnica e extensão rural (Ater) intensificaremos o nosso trabalho para o sucesso e a consolidação do cacau no Vale do Ribeira, prestando orientação e acompanhamento os produtores rurais interessados, para a viabilidade do negócio, desde o pré-plantio, manejo, colheita até o beneficiamento e acesso ao mercado”, frisou Tais Cristina.