“Em Andradina, a humanização na saúde vai além dos consultórios e unidades médicas. A prática tem sido incorporada também ao transporte de pacientes, tornando cada viagem parte essencial do cuidado. Com uma frota de 29 veículos, entre ambulâncias, vans e ônibus, todos climatizados, o município oferece mais do que um serviço logístico: proporciona acolhimento, empatia e respeito em cada trajeto.”
Assessoria de Comunicação
Segundo a secretária de Saúde, Maristela Marinho, a abordagem humanizada “coloca o paciente no centro do cuidado, considerando suas necessidades físicas, emocionais e psicológicas. Isso implica em uma atuação empática, acolhedora e respeitosa, onde o paciente é ouvido e compreendido”.
Esse cuidado é percebido na prática por quem utiliza o serviço. Luzete Alves, mãe de uma menina com necessidades especiais que precisa viajar constantemente para atendimentos em outras cidades, destaca o papel fundamental dos motoristas.

“Minha filha precisa de atenção especial em todos os momentos, inclusive durante as viagens. Os motoristas são sempre cuidadosos, pacientes e tratam ela com um carinho que conforta o coração de mãe. É uma segurança que não tem preço”, relatou emocionada. Rodrigo Gatti, diretor do Departamento Administrativo e Financeiro da Saúde, reforça afirma que, todos os meses, mais de 2 mil pacientes são transportados pelo município, percorrendo cerca de 100 mil quilômetros, o que somou 1,2 milhão de quilômetros rodados apenas no último ano.
Os destinos mais frequentes incluem cidades como Barretos, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Jales, Fernandópolis, Bauru, Botucatu e São Paulo — muitos deles para tratamentos complexos como hemodiálise, quimioterapia e consultas com especialistas. “Nossos motoristas são treinados para lidar com situações delicadas, entender o estado emocional dos pacientes e garantir que a viagem seja a menos desgastante possível. Uma conversa acolhedora e um gesto de atenção fazem muita diferença, especialmente em trajetos longos”, disse o chefe do setor Fabrízio Carvalho.
A opinião é compartilhada por Elisete Pereira, moradora de Andradina em tratamento contra o câncer, que deixou um depoimento público nas redes sociais da Prefeitura: “Quero deixar meu sincero parabéns à Prefeitura pelo cuidado no transporte. Somos tratados com carinho, respeito, pontualidade e prioridade, algo que faz toda a diferença em dias difíceis. Em especial, agradeço ao motorista que nos leva a Jales e Fernandópolis com zelo e serenidade. Ser cuidada com dignidade é um ato de amor que merece ser celebrado”.

À frente da Central de Ambulâncias, Fabrízio Carvalho, que atua no setor há 12 anos — inclusive como motorista, afirma que os desafios diários são grandes, mas os resultados têm sido recompensadores. “Transportamos pacientes em tratamentos delicados, como quimioterapia, radioterapia e hemodiálise. Essas pessoas muitas vezes estão frágeis física e emocionalmente. O motorista precisa perceber isso e agir com sensibilidade. Em muitos casos, a viagem de volta é ainda mais difícil para o paciente, que sente os efeitos do tratamento”, explicou.
Um dos maiores avanços no setor foi a criação de uma Casa de Apoio em Barretos, próximo ao Hospital do Amor, que serve de suporte para pacientes em tratamento oncológico. Ainda assim, o transporte humanizado segue sendo uma prioridade, inclusive em viagens curtas dentro da própria cidade, como nos casos de pacientes renais em hemodiálise.
“Mesmo o trajeto dentro da cidade exige atenção redobrada. Pacientes podem ter alterações de pressão, fraqueza ou outros efeitos colaterais. Estamos sempre atentos”, completou Fabrízio. E o trabalho não para. A Prefeitura de Andradina já estuda a criação de uma nova linha exclusiva para Jales, reduzindo o tempo de espera e otimizando o transporte para quem realiza tratamento no Hospital do Amor.
Cada detalhe — da frota moderna aos motoristas capacitados — revela uma política pública comprometida não apenas com o deslocamento, mas com o cuidado humano e integral.