Sala da Hemodiálise recebe nome de “Dona Dina”

“Dona Dina rodou o equivalente a 11 voltas pelo planeta Terra para receber tratamento de hemodiálise”

Assessoria de Comunicação

A ala de atendimento do Centro de Hemodiálise “Thomaz Rodrigues Alckmin”, foi homenageada com o nome de uma mulher que é símbolo da luta de uma cidade pela abertura do tratamento em Andradina. Trata-se de “Alvandina Pereira do Nascimento”, a dona Dina, a mãe do jornalista Eduardo Imperador.

Foto Noticia Principal Grande

Após lutar durante mais de 3 anos em viagens para centros de hemodiálises da região, ela acabou falecendo no dia 5 de março, dias antes da abertura do Centro para tratamentos na cidade. Ela estava há mais de um ano na fila do transplante o que motivou a lua do filho, Eduardo Imperador pela abertura do Centro, despertando a esperança de por fim as longas viagens de ambulância para o extensivo tratamento, enquanto o Centro de Hemodiálise de Andradina, pronto para funcionar desde 2016, permanecia fechado.
 
Dona Dina era uma mulher simples, que desde a infância trabalhou na roça, colhendo feijão e socando milho para ajudar a família. Aos 12 anos decidiu que tentaria algo melhor na cidade, pegando carona escondido e batendo de porta em porta, em busca de emprego. Com apenas 12 anos de idade começou a trabalhar como empregada doméstica.

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Dona Dina batalhou muito para cuidar dos filhos, e abdicava dos cuidados com a saúde para se dedicar aos sustento da família. Ela realizava suas sessões de hemodiálise em Ilha Solteira (SP) três vezes por semana, saindo de casa às 9 horas, retornando apenas às 17h. “Ela resistiu há quase 3 mil sessões de hemodiálise em quase 4 anos de tratamento, sendo aproximadamente seis mil horas dentro de uma ambulância e 420 mil km de estradas percorridos. São 11 voltas pelo planeta Terra”, disse Eduardo.  
 
Ao usar a palavra, o prefeito de Andradina, Mário Celso Lopes, disse que Dina era uma dessas pessoas que construíram Andradina, enaltecendo as pessoas que fazem a sua luta diária para honrar as origens, criar os filhos e construir uma cidade cada vez mais forte a cada dia. Sobre a abertura do Centro de Hemodiálise ele afirmou que ela é fruto da luta dos andradinenses para ter direito a esse atendimento, afirmando que até o momento os governos não colaboraram para o funcionamento.

“O mérito, a fonte pagadora e quem tem o direito de comemorar esse feito é o bravo povo de Andradina que paga seus impostos para que coisas assim sejam possíveis, por mais difíceis que sejam as adversidades”, disse o prefeito. Mário Celso explicou que a decisão de abrir o Centro por conta própria veio depois de várias tentativas junto aos governos, onde sempre recebia a “resposta padrão” de que os atendimentos da região já estavam divididos e que a abertura de Andradina era desnecessária.

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“Provamos que aqui existe uma demanda e forte e já pedimos o credenciamento do Centro ao Sistema Único de Saúde”, disse.  
Além do prefeito e da secretária de Saúde, Maristela Marinho, estiveram presentes à inauguração o presidente da Câmara, Lucas Lopes, a vereadora Elaine Vogel, do vereador André Lopes, Fabiano, assessor do vereador Fabrício Mazotti, líderes religiosos e familiares.