Piauiense e pernambucana tiram nota mil em redação do Enem

“jovens de 18 e 20 anos entraram para grupo seleto do exame nacional e deverão cursar medicina”

José Carlos Bossolan

O resultado buscado por muitos e alcançados por poucos. Não é o caso das jovens Carina Moura de 18 anos, de Pernambuco e Ana Carolina Angelim Damasceno de 20 anos do PIauí, que obtiveram nota 1.000 na redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). As jovens dos estados nordestinos contou um pouco de suas rotinas de estudo.

“Jovem do Piauí nota 1000 na redação do Enem ficou cinco meses sem usar celular: ‘ajudou a me concentrar melhor’ — Foto: Andrê Nascimento/g1”

Ana Caroline conta que manteve uma rotina diária de 14 horas de estudos – 7h às 21h -, em média, na escola onde estudava. Aos finais de semana, tinha aulas das 7h às 18h. Para “fugir” um pouco da preparação intensa, costumava usar o tempo livre para sair para algum restaurante, em um jantar com os amigos e a família.

“Eu imaginei que assim eu fosse me distrair menos. Então o que eu precisava, usava pelo computador. Sei que o celular muitas vezes ajuda a estudar, mas acho que ficar sem ele me ajudou a me concentrar melhor”, disse Ana Caroline, que ficou 5 meses sem usar celular. Ela contou que se preparou com as aulas em ritmo forte e revisões nos finais de semana. Em casa , mantinha a rotina de estudos.

“Carina passou a frequentar aulas só em matérias que possuía dificuldades — Foto: Arquivo pessoal”

“Como o colégio fazia bastante revisão, eu preferia ir só para as aulas dos assuntos em que tinha mais dificuldade. Viviam ligando para a minha mãe, reclamando que eu faltava muito. Eu explicava para ela que estava estudando”, conta Carina. “Sempre fui a nerd da família.” A jovem preferia estudar sozinha e comparecia em aulas que possuía mais dificuldades.

Além da disciplina e dedicação nos estudos, as jovens aguardam a abertura do SISU (Sistema de Seleção Unificada) para se inscreverem em vagas de medicina, pois as notas obtidas pelas mesmas já lhes garantem vaga para o curso superior e assim cursar medicina que tanto Ana quanto Carina lutaram para conquistar.

Com Andrê Nascimento, Maria Romero e Luiza Tenente/G1