Secom CONAFER
A CONAFER marcou presença na recente Oficina de Nivelamento e Formação de Instrutores no Sistema de Comando de Incidentes (SCI 100 – 200), uma iniciativa promovida pela Coordenação de Emergências Ambientais (CGEMA) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Realizado entre os dias 26 a 28 de setembro, na cidade de Pirenópolis, em Goiás, o evento reuniu não apenas servidores do IBAMA, mas também representantes de diversas agências de resposta, como o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), Corpos de Bombeiros Militar de Brasília e Goiás, Instituto de Pesquisa Ecológicas (IPÊ) e a CONAFER – Leia em conafer.org.br
O foco da Oficina foi o Sistema de Comando de Incidentes (SCI), um tema central abordado pelos instrutores José Carlos Mendes de Morais, servidor do IBAMA, e Wanius Amorim, consultor do Serviço Florestal Norte Americano. Eles ressaltaram as qualidades e desafios para a implementação eficaz desta ferramenta, destacando a significativa potencialidade do Brasil no cenário global de gestão ambiental e o papel das instituições nesse esforço contínuo para reduzir os ilícitos ambientais e gerenciar crises em incidentes.
O SCI teve seu desenvolvimento iniciado nos Estados Unidos na década de 70, como resposta à necessidade de aprimorar a eficiência das agências de resposta diante de grandes incêndios florestais. Antes da implementação do SCI, as instituições adotavam abordagens distintas na gestão de incidentes, o que dificultava a comunicação e a formulação de estratégias integradas. No Brasil, as primeiras experiências com o uso dessa ferramenta datam da década de 90 e estão associadas a um Acordo de Cooperação Técnica entre o IBAMA e o Serviço Florestal Norte Americano.
Marcelo Santana Pataxó, Secretário Nacional de Interagências e Gestão Ambiental e representante da CONAFER e dos Povos Originários, enfatizou a relevância dessa participação e as perspectivas de parcerias para agregar esforços, especialmente na integração do conhecimento tradicional nas ações de gerenciamento de incidentes. “Hoje, buscamos mecanismos para otimizar recursos e melhorar o tempo de resposta nas ações emergenciais. Esta ferramenta permite integrar a visão tradicional nas operações, potencializando a formulação de estratégias e envolvendo todos os atores nos eventos”, ressaltou.
Como representante desta nova fase da Confederação, Marcelo Santana Pataxó, que já havia participado do Curso de Formação de Multiplicadores de SCI oferecido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) em 2014, consolida seu processo de formação, tornando-se o primeiro indígena a se tornar instrutor do Sistema de Comando de Incidentes (SCI 100 – 200) no país. Ele traz a missão de impulsionar ações nos processos de fortalecimento e responsabilidade nas práticas sustentáveis, multiplicando sinergias em níveis nacionais e internacionais, em colaboração com diversas instituições, com foco nas políticas socioambientais para a sustentabilidade do planeta.