“Doe tempo e atenção para quem precisa conversar”. Navia quer implantar unidade do CVV em Andradina

Secom

Ser voluntário, colaborar com o próximo é o anseio de muitas pessoas em todo o mundo e na comunidade andradinense não é diferente. Por isso, acaba ser criado em NAVIA (Núcleo de Apoio à Vida de Andradina) que quer trazer uma unidade do CVV (Centro de Valorização da Vida) para Andradina/SP.

Na semana passada o grupo esteve no gabinete do prefeito de Andradina, Mário Celso Lopes para uma reunião, contando com a participação de Lídia Nakaguma, dr Carlos Antônio de Mendonça Casatti, da vereadora Eloá Pessoas (PSB), do vice-prefeito Paulo Assis e do secretário de Saúde dr João Leme.

Eles manifestaram desejo de criar em Andradina um Posto do CVV, que prestará serviço voluntário e gratuito de “apoio emocional”, oferecido a todas as pessoas que querem e precisam conversar sobre suas dores e descobertas, dificuldades e alegrias. Segundo Casatti o trabalho consiste no diálogo discreto, respeitoso e compreensivo, sempre buscando oferecer esse apoio. Os voluntários trabalham no sentido de compreender a pessoa que procura o CVV, e dessa forma, atuam valorizando a vida.

“Na nossa comunidade foi formado e existe um grupo de pessoas, adicionadas através do telefone/celular – WhatsApp, que conta atualmente com dezenas de colegas idealistas da nossa própria coletividade, todas focadas única, exclusiva e objetivamente no seguinte tripé: voluntariado, ecumenismo e apolítico”, disse Casatti.

Para a vereadora Eloá Pessoa, o CVV é hoje, sem dúvida nenhuma, um dos serviços mais procurados do país para oferecer apoio emocional a quem precisa, e assim ele atua na prevenção ao suicídio.

Números
Segundo dados da OMS, cerca de 3 mil pessoas por dia cometem suicídio em todo o mundo; segundo relatórios e estudos já elaborados, a ocorrência de suicídios na sociedade aumentou 60% nos últimos 50 anos, a tal ponto que se tornou uma das principais causas de mortes entre jovens e adultos de 15 a 34 anos, embora a maioria dos casos ocorra entre as pessoas com mais de 60 anos de idade.

As crises sociais e emocionais nas suas mais variadas vertentes (que os psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, médicos e enfim, todos os demais profissionais das áreas da saúde/educação/segurança pública sabem muito bem, inclusive também os administradores e gestores públicos), a ansiedade e a depressão, são geralmente as maiores provocadoras dos casos de suicídio (e também de automutilação).


No Brasil, segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, a cada 45 minutos uma pessoa morre por suicídio (32 pessoas por dia), deixando o país na oitava posição em números absolutos de suicídio no mundo, inclusive se registrou que a taxa no Brasil subiu de, 5,3 para 100 mil habitantes no ano 2000, para 5,8 para 100 mil habitantes no ano 2012, havendo aumento de 10,4%; e segundo dados da Associação Internacional de Prevenção do Suicídio – AIPS há 25 vezes a mais de tentativas de suicídio no mundo, portanto, assim são cerca de 830 brasileiros que buscam a morte todos os dias, o que dá uma média de uma pessoa a cada dois minutos.