Criadores de gado devem vacinar fêmeas contra a Brucelose

Secom

Fêmeas, entre três e oito meses de idade, devem ser vacinadas obrigatoriamente contra a brucelose em Andradina. A secretária de Agricultura, Meio Ambiente, Produção e Agricultura Familiar, Leila Rodrigues, afirmou que a principal medida de controle da brucelose bovina é a vacinação. A vacinação ocorre vezes por ano e já está aberta no primeiro semestre de 1 de março a 30 de maio.

A realização periódica de exames de diagnóstico no rebanho também é estratégica para a erradicação. A brucelose bovina é uma doença causada pela bactéria Brucella abortus e provoca abortamento ocorre geralmente no último terço da gestação, sendo o principal sintoma dessa enfermidade. Além disso, nascimento de bezerros fracos, retenção de placenta, corrimento vaginal, inflamação das articulações e inflamação dos testículos também são sinais clínicos apresentados.

Em relação aos prejuízos pode-se apontar queda da produtividade, menor produção de leite, baixos índices reprodutivos, aumento no intervalo entre partos, morte de bezerros precocemente e perda de animais. As fêmeas bovinas e bubalinas entre três e oito meses de idade devem ser vacinadas. A imunização do animal persiste por sete anos. Após esse período, recomenda-se o reforço vacinal. Essa necessidade acontece, principalmente, em rebanhos leiteiros ou de elite, em que as vacas permanecem na propriedade por mais tempo.
 
Outra estratégia importante para controlar e erradicar a doença do rebanho é a realização periódica de exames de diagnóstico. “Pelo menos uma vez ao ano o produtor deveria realizar os testes de brucelose em todos os animais do rebanho. No entanto, como o exame não é obrigatório, muitos produtores não o fazem e continuam arcando com os prejuízos da doença”.

Os exames podem ser realizados em fêmeas com idade superior a 24 meses, quando estas tiverem sido vacinadas entre três e oito meses. A bezerras vacinadas e os animais machos podem ser submetidos ao exame a partir dos oito meses de idade, quando não apresentarão anticorpos colostrais, que podem influenciar no resultado dos exames ocasionando falsos positivos.

Em caso de animais positivos no teste de triagem, o órgão responsável pela defesa agropecuária da região deve ser notificado. Além disso, podem ser submetidos a um novo exame confirmatório em um laboratório de referência. Enquanto aguarda-se o resultado, o bovino deve ficar isolado para não ocorrer transmissão. Confirmando-se o resultado, o animal deve ser sacrificado e o exame realizado em todo o rebanho.

Transmissão

A brucelose bovina é transmitida principalmente pela ingestão de pastagem contaminada pela urina de bovinos doentes, restos fetais e restos de placenta. Dificilmente, ocorre transmissão via monta devido às características de pH vaginal e imunidade de mucosas. A doença pode ser introduzida em um rebanho sadio pela aquisição de bovinos infectados. Por esse motivo, é importante a realização de quarentena e de novos exames para que os animais possam ser incorporados ao rebanho.