Com votação histórica, Lira é reeleito presidente da Câmara dos Deputados

“com apoio de políticos de todos os campos ideológicos, atual presidente obteve 464 votos”

José Carlos Bossolan

O atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) foi reeleito na noite desta quarta-feira (1/02) a presidência da Câmara dos Deputados. O deputado federal entra para a história da Casa de Leis ao ser o presidente mais votado dos anais da Câmara dos Deputados ao obter 464 votos.

 Lira ficará no mais alto posto da Casa até fevereiro de 2025. O resultado obtido na votação já era esperado e poderia chegar a 496 votos, mas mesmo com as candidaturas de Chico Alencar (Psol) com 21 votos e Marcel Van Hattem (Novo) com 19 votos, 5 votos em branco e 4 deputados ausentes, não impediu que Arthur Lira desbancasse João Paulo Cunha (PT), eleito em 2003, e Ibsen Pinheiro (PMDB), vencedor em 1991, que até então eram os recordistas de votos com 434 votos, porém como candidatos únicos.

Natural de Maceió (AL), Arthur Lira tem 53 anos, se declara empresário, advogado e agropecuarista. Formado em direito pela Universidade Federal de Alagoas, Lira é deputado federal desde 2011 e neste ano inicia seu quarto mandato parlamentar, sendo o mais votado de Alagoas com 140 mil votos em 2022.

Além do PP, o deputado também já foi filiado a partidos como PFL (hoje União Brasil), PSDB e PTB. Na Câmara, já atuou como líder do PP e comandou as comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Orçamento — duas das comissões mais importantes da Casa; a primeira, por analisar a constitucionalidade dos projetos; a segunda, por definir o Orçamento da União.

Em 2021, Lira se elegeu presidente da Câmara com 302 votos, em primeiro turno. Na ocasião, tinha o apoio do então presidente Jair Bolsonaro e venceu por larga margem o segundo colocado, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado pelo então presidente da Casa, Rodrigo Maia, e que recebeu 145 votos.

Neste pleito, Lira conseguiu aglutinar em torno de sua eleição os apoios dos partidos PL de Bolsonaro e PT de Lula.