“Governo aponta que 2,5 milhões de pessoas podem ter recebido o benefício de forma irregular”
José Carlos Bossolan
Relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) mostra que as fraudes na concessão do programa Bolsa Família geraram o prejuízo de ao menos R$ 2,6 bilhões aos cofres públicos federais. Segundo o ministro da CGU (Controladoria Geral da União), Vinícius Carvalho, pagamentos foram liberados de forma irregular.
“Foram mais de R$ 2 bilhões de pagamentos que não deveriam ter sido feitos” – disse o ministro da CGU. Já o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, disse nesta quinta-feira (9) que há indícios de que 2,5 milhões de pessoas que estão recebendo o Bolsa Família de forma irregular.
Segundo o ministro, os cadastros do programa estão em revisão são de aproximadamente 10 milhões de benefícios concedidos. “Temos um foco de mais ou menos 10 milhões de beneficiários que estão na linha da avaliação dessa revisão do cadastro. Acreditamos que mais ou menos 2,5 milhões destes que recebem têm grandes indícios de irregularidade”.
Segundo Wellington Dias, são pessoas com ganhos de até nove salários mínimos que estão tendo acesso ao programa, quando o enquadramento é para famílias com renda per capta de até R$ 210,00 mensais. Se comprovadas as irregularidades, os recebedores do programa deverão ressarcir os cofres públicos, além de poder responder criminalmente pela apropriação irregular dos recursos federais.
Diversos inquéritos foram instaurados pelo MPF (Ministério Público Federal) nos estados para apurar os pagamentos indevidos do Programa Bolsa Família, que no Governo Bolsonaro passou a ser denominado de Auxílio Brasil.