Secom CONAFER
As emoções do futebol original do Brasil seguem atravessando o país, e agora desembarcam em terras mato-grossenses e sul-mato-grossenses para a Etapa Centro-Oeste do Campeonato Nacional de Futebol Indígena, o maior do país, com 92 equipes e 2,7 mil atletas. Depois da final nordestina em Salvador, da decisão do Sudeste na mineira Carmésia, e das emoções do Sul, na catarinense Itajaí, nos dias 6, 7, 8 e 9 de outubro, 24 equipes de diversas nações se enfrentam nos estádios Lamartine Ribeiro Salles, em Barra dos Bugres, no Mato Grosso, e Luiz Gonzaga Prata Braga, o Loucão, em Maracaju, no Mato Grosso do Sul, para a definição da 4º equipe classificada à grande final, nos dias 25 e 26 de novembro, no estádio Bezerrão, em Brasília. Leia também em conafer.org.br
O 1º Campeonato Nacional de Futebol Indígena é sucesso a cada etapa. O envolvimento das comunidades indígenas, dos atletas e comissões técnicas, das cidades onde ocorrem os jogos e do público em geral tem sido muito satisfatório, acima do que foi idealizado.
O fato é que o Campeonato cresceu e vem cumprindo a ideia de mostrar a riqueza da cultura indígena, a valorização das habilidades dos povos originários, a força e a cultura dos povos indígenas brasileiros em relação ao esporte mais popular do país, além de importante ação de inclusão social em aldeias de Norte a Sul do Brasil.
A competição é oficialmente organizada pela CONAFER, a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais, com apoio da UNI, a União Nacional Indígena, e Terra Bank, o banco digital do campo. O troféu do campeão recebeu o nome de Galdino Pataxó, em homenagem ao indígena pataxó Galdino Jesus dos Santos, assassinado em Brasília, em 1997, um símbolo da luta e resistência dos povos originários brasileiros. As premiações chegam a R$ 100 mil para os 3 primeiros colocados, sendo R$ 60 mil para o primeiro, R$ 30 mil para o segundo e R$ 10 mil para o terceiro lugar.
Os objetivos do Campeonato vão além do esporte, pois buscam a valorização da cidadania, a inclusão social, promoção da cultura e autonomia dos povos indígenas brasileiros. Apoiar o esporte entre as nações originárias, resgatando a tradição do futebol praticado pelos indígenas em seus territórios é muito importante.
Ao mesmo tempo, promove-se a saúde e a sociabilidade entre os jovens indígenas, integrando aldeias e territórios, dando visibilidade às causas originárias, fortalecendo o conceito de coletividade das comunidades por meio da prática desportiva, além de incentivar o desenvolvimento de jovens atletas em âmbito nacional.