Brasil compra 5 mil concentradores de oxigênio

“equipamentos foram impostados dos Estados Unidos e China e começaram chegar semana passada”

José Carlos Bossolan com inf. Agênia Nacional

Cerca de 1.800 concentradores de oxigênio chegaram na quarta-feira (07/04) ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Ao todo, o Ministério da Saúde fez a compra de 5 mil equipamentos em parceria com a iniciativa privada. Os concentradores servem para captar e filtrar o oxigênio do ar em uma concentração de 21%, e elevando o nível para 95%, sendo impostados dos Estados Unidos e da China e a nova remessa dos equipamentos deverão chegar nesta semana.

Juntos, os equipamentos doados suprirão o equivalente a uma produção mensal de 1.100.000 metros cúbicos do insumo. O volume que demandaria mais de 108 mil cilindros por mês para ser armazenado. Não foi divulgado como serão os repasses dos equipamentos ao estados e municípios. As empresas que participaram da compra dos equipamentos foram o Bradesco, BRF, B3, Embraer, Gerdau, Grupo Ultra, Itaú Unibanco, Magazine Luiza, Marfrig, Natura & Co, Suzano, Unipar e a Air Liquide Brasil, fez a cotação geral para a importação dos equipamentos.

Carlos da Costa disse que os equipamentos foram comprados com a doação de 13 empresas que juntas doaram R$ 35 milhões para a compra dos concentradores, que auxiliará no fornecimento de suprimento seguro a pacientes que necessitem de oxigenoterapia nas formas mais graves da Covid-19. Os modelos importados pelo Ministério da Saúde têm 15 kg, funcionam na eletricidade e podem ser transportados facilmente para várias localidades. De acordo com o Ministério da Saúde, a expectativa é que esses equipamentos atendam de 10 a 20 mil pacientes mensais.

A Organização Mundial de Saúde, em documento referente ao fornecimento de oxigênio na pandemia da Covid-19, lista vantagens e desvantagens de cada item e sobre os concentradores de oxigênio, afirma que uso é limitado em termos de volume em comparação com cilindros, oxigênio líquido e gerador de oxigênio. Destaca ainda que, ao contrário dos cilindros e do gás líquido, os concentradores precisam passar por manutenção regular de seus filtros e sistemas, precisando de um ponto de eletricidade ininterrupto.